Gestão para a Sustentabilidade

Imagem: piksuperstar

Em meio a tantas crises, parece que a única preocupação das empresas devem ser as econômicas e financeiras.

Ledo engano. Não podemos performar no século XXI com o pensamento do século XX.

Com a gravidade dos problemas ambientais (emergência climática, perda da biodiversidade e poluição), não podemos nos eximir de incorporar as questões
ambientais nos processos decisórios.

“A IAF (International Accreditation Forum) e a ISO (International Organization for Standardization) publicaram, em fevereiro deste ano, um comunicado conjunto para informar sobre as Emendas de Ação Climática e seus reflexos nos compromissos com os novos Padrões de Sistemas de Gestão ISO (MSS).

Os novos textos foram incorporados às cláusulas 4.1 e 4.2 das normas que versam sobre sistema de gestão.  Com isso, a cláusula 4.1, pela qual a organização deve determinar questões externas e internas que sejam relevantes para o seu propósito e que afetem sua capacidade de atingir os resultados pretendidos, passa a vigorar adicionada do seguinte texto: “a organização deve determinar se a mudança climática é uma questão relevante”.

Já a cláusula 4.2, destinada a compreender as necessidades e expectativas das partes interessadas, ganhou uma nota para acrescer a informação de que “as partes interessadas relevantes podem ter requisitos relacionados com as alterações climáticas”.

Fonte: Bureu Veritas Brasil. Empresas devem considerar riscos da mudança climática no sistema de gestão ISO. 20/06/2024. In: https://www.bureauveritas.com.br/pt-br/magazine/mudancas-climaticas- normas-iso

Mas não só isso, com o estágio de maturidade dos movimentos sociais, questões de DEI (diversidade, equidade e inclusão), também devem fazer parte da gestão estratégica das empresas, a fim de não serem canceladas em tempos de redes sociais. Vide exemplos recentes de misoginia (G1, 2024).

E isso só será viável por meio de uma governança corporativa que cria a cultura do cotidiano, cujo impacto reflete decisões de qualidade, minimização de conflitos de interesse, em confiança sólida, respeito e prestação de contas. Logo, o seu valor é intrínseco e reconhecido. Essa é a verdadeira governança e os conselhos que geram valor de fato nascem nesse contexto.

Daí, conforme a Agenda Positiva de Governança, a composição dos conselhos deve ter maior foco em diversidade e competências socioemocionais, com disposição para questionar, ouvir ativamente, respeitar outras visões, ousar, desaprender e reaprender, será condição essencial para explorar novas formas de gerar valor e viabilizar as transformações necessárias. (IBGC, 2020)

Logo, a agenda ESG não é apenas um conjunto de diretrizes éticas; é um componente crítico de sobrevivência empresarial no século XXI. As empresas que ignorarem esse fato farão isso por sua própria conta e risco, e a um custo que vai muito além do financeiro. (Mundo Negro, 2024).

Referências Bibliográficas:
IBGC. Agenda Positiva de Governança. 2020.
IBGC. Código de Melhores Práticas de Governança Corporativa. PDF. 6.ª
edição, 2023.
G1. ‘Deus me livre de mulher CEO’: empresa diz que Tallis Gomes renunciou após declaração, e que mulher assumiu cargo. Trabalho e Carreira, 22/09/2024. In: https://g1.globo.com/trabalho-e-carreira/noticia/2024/09/22/g4-educacao-diz-que-tallis- gomes-renunciou-e-que-mulher-assumiu-cargo-de-ceo.ghtml Mundo Negro. A falha da Mascavo: Um espelho das lacunas no compromisso empresarial com a diversidade. 04/11/2024. Disponível em: https://mundonegro.inf.br/a-falha-da-mascavo-um-espelho-das-lacunas-no-
compromisso-empresarial-com-a-diversidade

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