A complexidade do sistema tributário brasileiro impõe desafios significativos às pequenas e médias empresas (PMEs), que representam 99% dos negócios formais no país e geram 27% do PIB nacional, segundo o Sebrae. Um planejamento tributário estratégico, no entanto, pode ser a chave para a sobrevivência dessas empresas, permitindo a redução de impostos de forma lícita e aumentando a competitividade no mercado.
Escolha do regime tributário certo pode fazer a diferença
De acordo com Jhonny Martins, vice-presidente do SERAC, hub de soluções corporativas referência nas áreas contábil, jurídica, educacional e de tecnologia, o regime tributário adequado pode gerar economias de até 40% nos custos fiscais das PMEs. “A escolha entre Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real deve ser feita com base em uma análise detalhada do faturamento, setor de atuação e estrutura de custos da empresa”, explica.
O especialista aponta que a falta de conhecimento sobre os incentivos fiscais disponíveis faz com que muitas empresas deixem de aproveitar oportunidades importantes de economia. “Um bom planejamento tributário vai além da simples escolha do regime fiscal. Ele envolve a identificação de benefícios fiscais, a otimização das operações e a escrituração contábil correta, garantindo conformidade e economia”, complementa Martins.
Escrituração contábil correta evita multas e autuações fiscais
A escrituração contábil adequada é outro pilar essencial da gestão tributária estratégica. Erros comuns, como a classificação incorreta de despesas ou a falta de documentação adequada, podem resultar em multas e autuações pela Receita Federal. “Uma contabilidade bem estruturada fornece dados confiáveis para a tomada de decisões estratégicas, além de evitar riscos fiscais que podem comprometer o caixa da empresa”, destaca.
Além disso, o acompanhamento contínuo das mudanças na legislação tributária é fundamental para evitar surpresas desagradáveis. A cada ano, o Brasil implementa diversas alterações nas regras fiscais, e a falta de atualização pode levar a problemas sérios para as PMEs. “Manter-se informado e contar com especialistas na área tributária ajuda a empresa a se antecipar a possíveis impactos financeiros e adaptar suas práticas contábeis e fiscais com agilidade”, orienta.
Jhonny acredita que a aplicação de uma gestão tributária proativa permite que as PMEs identifiquem oportunidades de economia, como o aproveitamento de créditos tributários e a renegociação de dívidas fiscais. “Empresas que adotam essa abordagem conseguem não só reduzir custos, mas também investir em inovação e crescimento, fortalecendo sua posição no mercado”, conclui o executivo.
