O banco de investimento Goldman Sachs elevou sua projeção para o índice S&P 500 para o final do ano, passando de 6.600 para 6.800 pontos. A nova meta, que representa uma alta de 2,04% em relação ao último fechamento, reflete um cenário mais otimista, impulsionado pela postura do Federal Reserve (Fed) e pela resiliência dos lucros corporativos.
Em nota divulgada na sexta-feira, o Goldman Sachs também ajustou suas projeções de retorno para 6 e 12 meses, prevendo aumentos de 5% e 8%, o que levaria o S&P 500 a patamares de 7.000 e 7.200 pontos, respectivamente.
A revisão ocorre após o Fed cortar as taxas de juros pela primeira vez desde dezembro. O banco central americano sinalizou que novos cortes podem acontecer nas reuniões de outubro e dezembro, em resposta ao aumento do desemprego e a sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho.
Analistas do Goldman Sachs já esperavam cortes de um quarto de ponto percentual nessas reuniões, alinhando-se à visão da maioria das grandes corretoras.
No início do ano, as principais corretoras haviam reduzido suas metas para o S&P 500 para menos de 6.000 pontos. Essa queda nas expectativas foi provocada pelas tarifas do “Dia da Libertação”, impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em abril. A medida gerou temores de recessão e desencadeou uma onda de vendas no mercado global de ações.
Apesar dos riscos, o Goldman Sachs avalia que segmentos como tecnologia da informação e consumo discricionário devem seguir na dianteira, beneficiados por juros menores e crescimento robusto de lucros. Empresas com alto nível de dívida atrelada a taxas flutuantes também podem ganhar fôlego adicional com a esperada queda nos custos de financiamento.
No entanto, a subsequente redução de tarifas e a perspectiva de flexibilização da política monetária do Fed tranquilizaram os investidores. Com a diminuição dos riscos de recessão, as ações voltaram a subir e atingiram níveis recordes.