Google fará parceria para ampliar energia solar em Taiwan

Ásia-Pácifico deve ter entre 30% a 50% da matriz energética limpa até 2030

O Google está colaborando com a BlackRock para desenvolver um pipeline de 1 gigawatt de energia solar em Taiwan, como parte de seus esforços para expandir sua capacidade energética e reduzir as emissões de carbono, em meio ao crescimento acelerado da inteligência artificial.

O acordo, divulgado pela big tech na segunda-feira, fará com que o Google faça um investimento de capital, ainda a ser aprovado pelos reguladores, na empresa taiwanesa New Green Power para facilitar a construção da estrutura.

O investimento visa impulsionar a energia limpa na rede elétrica local de Taiwan, ajudando o Google a alcançar seu objetivo de neutralidade de carbono em todas as operações até 2030. A nova capacidade solar será utilizada para alimentar os data centers e serviços de nuvem do Google em Taiwan. Além disso, uma parte da energia limpa será disponibilizada para os fornecedores e fabricantes de chips do Google na região.

Taiwan é um produtor significativo de chips semicondutores, responsável por quase 60% da produção global, incluindo uma parcela substancial de processadores avançados de IA, conforme a consultoria global EY. As instalações de fabricação de chips estão entre as maiores consumidoras de energia do mundo, devido à complexidade e extensão do processo.

No entanto, atualmente, 97% da energia em Taiwan é gerada por fontes não renováveis, como carvão e gás natural, segundo dados da Administração de Energia, vinculada ao Ministério dos Assuntos Econômicos de Taiwan.

Até 2030, de acordo com um relatório do Boston Consulting Group, espera-se que as energias renováveis representem entre 30% e 50% da matriz energética na maioria dos mercados da região Ásia-Pacífico, destacando a necessidade de um “investimento significativo”.

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