Google sofre derrota judicial por violação da lei antitruste dos EUA

Um juiz da capital decidiu que o gigante da tecnologia agiu ilegalmente para manter seu monopólio de busca online

O Google violou a lei antitruste dos EUA com seu negócio de buscas, decidiu um juiz federal na segunda-feira (5). Essa condenação representa uma derrota judicial significativa para a gigante da tecnologia, com o potencial de remodelar a maneira como milhões de americanos obtêm informações online e encerrar décadas de domínio.

“Após considerar e pesar cuidadosamente o depoimento e as evidências das testemunhas, o tribunal chega à seguinte conclusão: o Google é um monopolista e agiu como tal para manter seu monopólio”, escreveu o Juiz Distrital dos EUA, Amit Mehta.

A decisão do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia é uma repreensão impressionante ao negócio mais antigo e importante do Google. A empresa gastou dezenas de bilhões de dólares em contratos exclusivos para garantir uma posição dominante como o provedor de busca padrão do mundo em smartphones e navegadores da web.

O governo dos Estados Unidos alegou que os contratos negociados deram à empresa a escala necessária para bloquear possíveis rivais, como o Bing e o DuckDuckGo, da Microsoft. Embora o tribunal não tenha considerado que o Google possui um monopólio em anúncios de busca, os aspectos mais amplos da opinião representam a primeira decisão significativa em uma série de processos de concorrência liderados pelo governo contra as grandes empresas de tecnologia.

O Google declarou em um comunicado que planeja apelar da decisão e destacou que a opinião de Mehta reconheceu o Google como o melhor mecanismo de busca da internet — um argumento que a empresa apresentou no tribunal como a razão pela qual os consumidores preferem o Google à concorrência.

No entanto, a decisão de segunda-feira marca a segunda derrota antitruste de alto perfil para o Google, depois que um júri federal na Califórnia determinou em dezembro que o Google administra um monopólio ilegal com sua loja de aplicativos proprietária. O tribunal nesse caso ainda está deliberando possíveis soluções.

*Com informações da CNN

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