O Brasil vai cooperar com outros países em programas de inclusão energética, nos moldes do programa Luz Para Todos. Nesta quarta-feira (31), o governo assinou um plano de transição energética com a Agência Internacional de Energia (EIA).
O objetivo é usar a experiência brasileira na promoção do acesso a energia em países emergentes e em desenvolvimento. O plano também envolve compartilhamento de dados e discussão de políticas de eficiência energética.
“Com a nossa experiência, podemos ajudar as demais nações, para além da questão da transição energética, a combaterem a pobreza energética, se espelhando no nosso Luz para Todos”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
O governo federal projeta despesas de cerca de R$ 2,5 bilhões para o programa Luz para Todos neste ano, sendo financiado pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Iniciado em 2003, o programa Luz para Todos tinha como propósito levar energia elétrica às residências não atendidas pelas distribuidoras. Embora tenha sido prorrogado diversas vezes até 2022, o programa foi retomado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 4 de agosto.
O diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, afirmou que o Brasil é projetado para representar 4% da produção global de petróleo até 2030, mantendo esse patamar até 2040. Atualmente, o Brasil contribui com aproximadamente 3% da produção mundial de petróleo, e a expectativa é que esse percentual aumente para 4% até o ano de 2040, segundo Birol.