A Defesa Civil de São Paulo ativou, a partir desta segunda-feira (15), um Gabinete de Crise para combater o aumento de focos de incêndio no estado. A medida, que faz parte da Operação SP Sem Fogo, foi tomada após o Mapa de Risco de Incêndio prever um nível de emergência para queimadas na última semana de inverno de 2025. O cenário é marcado por temperaturas elevadas e baixa umidade do ar.
O Gabinete de Crise, sediado no Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), no Palácio dos Bandeirantes, reunirá representantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar Ambiental e Rodoviária, da Secretaria de Meio Ambiente, além de outros órgãos. O objetivo é acelerar a resposta a ocorrências, mobilizar recursos com mais agilidade e garantir maior eficiência no enfrentamento aos incêndios.
“Estamos diante de um cenário de risco que exige muita atenção, além da união de esforços e respostas rápidas. A presença integrada das instituições permite salvar vidas, proteger o meio ambiente e minimizar os prejuízos causados pela estiagem”, afirmou o coronel Henguel Ricardo Pereira, coordenador estadual da Defesa Civil.
No domingo (14), o coronel Henguel e a secretária de Meio Ambiente, Natália Resende, sobrevoaram a cidade de Cruzeiro para avaliar os danos de um incêndio que durou cinco dias. As chamas, que se alastraram por uma grande área de mata desde a quarta-feira (10), já estavam praticamente extintas.
Durante o sobrevoo, um único foco de fumaça foi identificado e combatido imediatamente por um helicóptero da Polícia Militar, evitando a reignição das chamas. A operação de combate no solo contou com o trabalho de cerca de 45 profissionais do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil e Fundação Florestal. O combate aéreo foi reforçado com a atuação de dois helicópteros.
Em todo o estado, cinco grandes incêndios ainda estão ativos, principalmente nas cidades de Cruzeiro, Cajuru e Piracicaba. Para o controle das chamas, quatro aeronaves e equipes em solo estão empenhadas.