A Administração de Serviços Gerais (GSA), braço central de compras do governo dos Estados Unidos, incluiu o ChatGPT (OpenAI), o Gemini (Google) e o Claude (Anthropic) em uma lista de fornecedores de inteligência artificial (IA) aprovados. A medida faz parte da estratégia do governo Trump para impulsionar o uso de IA nas agências federais.
As ferramentas de IA aprovadas estarão agora disponíveis para uso em uma plataforma governamental com contratos padronizados. A GSA afirmou que as agências explorarão “uma ampla gama de soluções de IA”, desde assistentes de pesquisa simples até aplicativos altamente personalizados. O foco da GSA está em modelos que “priorizam a veracidade, a precisão, a transparência e a ausência de preconceitos ideológicos”.
A aprovação desses modelos de IA é parte de um novo projeto lançado em 23 de julho, que busca flexibilizar as regras ambientais e expandir as exportações de IA para países aliados. A iniciativa visa manter a vantagem tecnológica dos EUA sobre a China, que o presidente Donald Trump considera a “luta que definirá o século XXI”.
O plano de IA do governo Trump, que conta com cerca de 90 recomendações, também prevê a exportação de software e hardware de IA e a repressão de leis estaduais consideradas restritivas para o desenvolvimento da tecnologia.
Essa abordagem representa uma mudança significativa em relação à política do governo anterior, de Joe Biden, que adotava uma estratégia mais restritiva, limitando o acesso global a chips de IA.
Biden também exigia que as agências federais adotassem “salvaguardas concretas” no uso da IA e monitorassem os impactos no público, além de ter assinado uma ordem executiva para evitar o uso de IA para desinformação, medida que foi revogada por Trump.