Governo Federal planeja aumentar exportações para China e Índia

Diretora da Accrom comenta sobre o potencial de crescimento das exportações brasileiras

Os líderes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) se reuniram na Cúpula em Kazan, Rússia, de 22 a 24 de outubro. O objetivo desse encontro é alinhar políticas de desenvolvimento social e fortalecer a cooperação entre os países do grupo em diversas áreas de interesse.

Diferente de um bloco econômico, o Brics busca influenciar a governança global e criar alternativas às instituições financeiras dominadas pelo Ocidente. Seu principal objetivo é promover o crescimento econômico e o desenvolvimento socioeconômico sustentável entre os países emergentes.

Durante a cúpula, analisou-se que as exportações de produtos manufaturados para países do Sul Global, como China e Índia, apresentam maior potencial de lucro em comparação com mercados tradicionais, como os Estados Unidos e a Europa. O governo federal acredita que a estrutura do Brics pode ser uma alavanca crucial para impulsionar as exportações brasileiras, especialmente no setor industrial.

Cristiane Fais, diretora da Accrom, empresa especializada em soluções logísticas para comércio exterior, ressaltou a importância de cultivar relações comerciais sólidas com essas grandes potências. “O mercado industrial na China e na Índia é promissor. O Brasil deve investir fortemente nessas relações. Os Brics, aliados a outras conexões estratégicas, representam uma oportunidade única para nossa expansão internacional,” afirma Cristiane.

O comércio de produtos industrializados é um dos principais motores da exportação brasileira. Segundo Uallace Moreira, Secretário de Desenvolvimento Industrial do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), os comerciantes brasileiros devem capitalizar a demanda crescente por produtos industrializados nos mercados da China e da Índia. “Essa é uma excelente oportunidade para novos empreendimentos que buscam empresas que ofereçam estratégias personalizadas,” afirma.

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