O governo federal lançou nesta quarta-feira (23) a Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica do Brasil (BIP), uma iniciativa destinada a expandir e tornar mais eficientes os investimentos internacionais na área de economia verde brasileira. O objetivo do BIP é apoiar o Brasil na busca por suas metas de desenvolvimento sustentável e de combate às mudanças climáticas.
De acordo com o Ministério da Fazenda, mobilizar capital internacional de transição é essencial para que o Brasil alcance suas metas de desenvolvimento e clima. Por isso, a plataforma busca expandir e otimizar os investimentos de transição em setores-chave.
A BIP concentra suas atividades em três setores principais. O primeiro é o de soluções básicas na natureza e bioeconomia, que abrange a restauração e o manejo sustentável da vegetação nativa, a redução do desmatamento, a promoção da agricultura regenerativa e o manejo de resíduos.
Em segundo lugar, o BIP atua na indústria e mobilidade, catalisando os esforços de descarbonização em setores como aço, alumínio e cimento, além de incentivo à mobilidade urbana elétrica e o desenvolvimento de fertilizantes verdes.
Por fim, o terceiro foco do BIP é a energia, onde apoia iniciativas para viabilizar a energia solar off-grid, a implementação de redes inteligentes, o fortalecimento das indústrias de energia eólica offshore, a produção de combustíveis sustentáveis, o uso de bioinsumos agrícolas e a geração de hidrogênio de baixo carbono.
Os projetos apoiados podem ter origem nos setores públicos e privados. A BIP já identificou sete projetos-piloto como meio de testar os critérios de seleção, o modelo operacional e os fóruns de tomada de decisão. As iniciativas selecionadas somam juntas US$ 10,8 bilhões em capital a ser mobilizado.
A plataforma é resultado de uma ação entre Ministério da Fazenda, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática, o Ministério de Minas e Energia e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Bloomberg Philanthropies, a Aliança Financeira de Glasgow para o Net Zero (GFANZ), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Fundo Verde para o Clima (GCF).
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que a plataforma será essencial para a implementação do Plano Clima, política que tem como objetivo reduzir as emissões de gases do efeito estufa e garantir melhores condições de o país enfrentar os eventos climáticos extremos.
*Com informações da CNN Brasil