O ministro dos Transportes, Renan Filho, considera o processo de repactuação de rodovias como uma solução para a retomada de obras.“Estamos encarando em diferentes frentes. Esperamos fazer 35 leilões até o final do mandato do presidente Lula e otimizar até 15 contratos. Isso resultará em 50 contratos”, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
A possibilidade de revisão das concessões rodoviárias devolvidas para a manutenção do funcionamento já havia sido aventada pelo ministro ao longo do ano. Em julho, Renan Filho afirmou que o governo negociava contratos de concessão de rodovias com problemas para destravar investimentos na área de infraestrutura.
O planejamento do ministério era realizar quatro leilões em 2023. Mas só conseguiu executar dois. Um terceiro, que teve edital lançado, o da BR-381, em Minas Gerais, não recebeu nenhuma proposta e por isso não foi realizado. O quarto teve o edital atrasado por necessidades de ajustes demandados pelo Tribunal de Contas da União. Para 2024, a expectativa é de realização de 12 leilões, que se somarão a outros 21 até o fim do atual mandato do presidente Lula.
Para o ministro, o grande problema do Brasil não se refere ao que foi feito em 2023 e, sim, ao passado. “Temos muitos contratos desequilibrados e as concessionárias atuais, muitas delas, estão impedidas de fazer novos investimentos.”