GPA volta ao lucro no 3º trimestre de 2025 após sequência de prejuízos

O Grupo Pão de Açúcar anunciou um resultado robusto no terceiro trimestre de 2025, revertendo o cenário de prejuízo do ano anterior. A companhia registrou um lucro líquido de R$ 137 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 310 milhões contabilizado no mesmo período de 2024.

O desempenho operacional também se destacou, com o Ebitda ajustado da varejista atingindo R$ 412 milhões, representando uma alta de 3,4% na comparação anual. Consequentemente, a margem Ebitda apresentou uma leve melhora de 0,2 ponto percentual, passando de 8,9% para 9,1%.

Rafael Russowsky, Diretor Presidente do GPA, creditou o resultado à resiliência da estratégia comercial da empresa: “Mesmo diante de um cenário macroeconômico e concorrencial desafiadores, mantivemos a nossa margem bruta em níveis sólidos, o que demonstra a resiliência da nossa estratégia comercial, e registramos um crescimento consistente e resiliente das vendas em todas as bandeiras, com destaque ao desempenho dos negócios premium”.

As vendas totais do grupo alcançaram R$ 4,9 bilhões, um crescimento de 2,2% em relação ao terceiro trimestre do ano anterior, apesar da companhia notar que o período foi marcado por uma demanda mais arrefecida e um ambiente de maior competitividade.

O formato de proximidade foi um dos principais motores de crescimento, registrando uma forte alta de 17,3%, impulsionada pela abertura de 49 novas lojas nos últimos 12 meses. No desempenho individual das bandeiras, o Pão de Açúcar viu suas vendas subirem 3,5%, beneficiado pelo avanço do share of wallet dos clientes fidelizados e pelo crescimento da base de clientes ativos. Já o Extra Mercado teve um incremento de 5,5% em vendas de mesmas lojas, impulsionado por um projeto de revisão de sortimento e gestão de categorias que teve início em 2024.

A receita líquida do GPA fechou o trimestre em R$ 4,556 bilhões, um avanço de 1,4% ano a ano. A margem bruta se manteve em patamares sólidos, atingindo 27,6%, uma retração marginal de 0,1 ponto percentual sobre 2024. O CEO, Russowsky, pontuou que a melhoria da rentabilidade se deveu à otimização da estrutura: “A redução de despesas operacionais e os avanços na otimização da estrutura contribuíram para um trimestre mais equilibrado e com aumento de rentabilidade”. A dívida líquida da companhia totalizou R$ 2,7 bilhões ao final de setembro.

Junto à divulgação dos resultados, o GPA também informou ao mercado a aprovação de seu “Plano de Eficiência 2026”. Este plano visa uma redução significativa de custos, despesas e investimentos para o próximo ano.

Entre as medidas, está a redução do capex (investimento em capital), que deverá ficar entre R$ 300 milhões e R$ 350 milhões em 2026, uma forte diminuição em relação aos R$ 693 milhões registrados nos 12 meses encerrados em setembro de 2025. O plano também ambiciona uma redução de pelo menos R$ 415 milhões nas despesas operacionais da empresa em comparação com a estimativa de encerramento de 2025.

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