Grupo Bimbo avança no mercado de panificadoras e compra Wickbold

Grupo mexicano levará, além das marcas Wickbold e Seven Boys, as quatro fábricas da panificadora paulista

Dona das marcas de pães Pullman, dos bolinhos Ana Maria e do Rap 10, a empresa mexicana Bimbo fechou um acordo para a compra da Wickbold, proprietária da marca homônima e das célebres bisnaguinhas Seven Boys. A notícia foi antecipada pelo Neofeed.

Além das duas marcas, a transação inclui as quatro fábricas localizadas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Com 88 anos de história, a empresa foi fundada por Henrique Wickbold em São Paulo e, desde 2020, era comandada por Pedro Wickbold, representante da quarta geração da família.

“O Grupo Bimbo compartilha o compromisso da Wickbold com o bem-estar dos brasileiros e reafirma a importância de causar um impacto positivo para a sociedade e o meio ambiente. Nesse contexto, com a integração das duas empresas, o Grupo Bimbo reitera seu propósito de nutrir um mundo melhor, complementando seu portfólio com marcas que os consumidores amam e fortalecendo sua atuação no país“, diz o comunicado enviado pelas empresas.

Em 2022, segundo uma reportagem da EXAME, a Wickbold tinha a expectativa de faturar R$ 1,6 bilhão. Naquele ano, a empresa adquiriu uma fábrica em Guarapuava, no Paraná, para a produção de bolos, brownies e panetones, como parte de sua estratégia de diversificação. Desde 2018, as marcas Pullman e Wickbold, pertencentes às duas empresas, alternam entre si as posições de 2ª e 3ª no mercado, ficando atrás apenas da Panco. O segmento é bastante fragmentado e dominado por produtos artesanais.

A Bimbo faturou 98 bilhões de pesos mexicanos (aproximadamente R$ 28,15 bilhões) no segundo trimestre deste ano. Os resultados indicaram um mercado em recuperação no México, mas mais desafiador na América Latina, devido às dificuldades enfrentadas no Chile e na Colômbia, apesar do crescimento de 3,8% na região.

No Brasil, o recente trabalho de reestruturação permitiu à Bimbo registrar ganhos, segundo a equipe do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME). A América Latina é o menor mercado da empresa, representando 9,3% das vendas.

*Com informações da Revista Exame

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