Grupo controlador amplia participação na Marfrig para 75,33%

O grupo de controle da Marfrig (MRFG3), composto por MMS Participações Ltda., Marcos Antônio Molina dos Santos e Marcia Aparecida Pascoal Marçal dos Santos, informou que elevou sua participação na companhia para 75,33% do capital total, totalizando 646.294.180 ações ordinárias.

A expansão da participação tem sido contínua nos últimos anos. Em 2019, após o BNDES reduzir sua posição acionária, o grupo de Marcos Molina passou a deter cerca de 40% da empresa. Desde então, os movimentos de aquisição se intensificaram. Em novembro de 2024, o grupo já controlava 65,91% da Marfrig; em fevereiro de 2025, essa fatia subiu para 72,07%, chegando agora a 75,33% em julho de 2025. A estratégia reflete o compromisso dos controladores com o longo prazo e o fortalecimento da governança familiar no comando da companhia.

Marcos Molina, fundador da Marfrig e atual presidente do Conselho de Administração, iniciou sua trajetória no setor de alimentos ainda jovem, e hoje é uma das figuras mais influentes da indústria de proteínas no Brasil. Ao seu lado está Márcia Marçal, sua esposa e sócia na MMS Participações, que também ocupa uma cadeira no conselho e integra o Comitê Financeiro da empresa, além de presidir o Instituto Marfrig Fazer e Ser Feliz, braço de responsabilidade social da companhia.

Em outra movimentação no setor de alimentos, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), Previ, anunciou nesta segunda-feira a venda de sua participação remanescente na BRF (BRFS3) por R$ 1,9 bilhão. A operação marca o encerramento de um ciclo de mais de três décadas de investimento no ativo.

A decisão do Previ de se desfazer das ações da BRF ocorre após o fundo já ter reduzido sua participação para 4,93% no mês anterior. Em comunicado, o fundo de pensão explicou que a venda antecipa possíveis impactos negativos decorrentes de uma futura incorporação da BRF pela Marfrig, caso essa transação se concretize. As duas empresas têm discutido uma potencial combinação de seus negócios, o que motivou a decisão do Previ de sair da BRF.

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