O Grupo Potencial está implementando uma das primeiras Estações de Tratamento de Efluentes (ETE) do Brasil com circuito fechado completo de água e energia, um marco em inovação e sustentabilidade industrial. Com investimento de R$ 120 milhões, o sistema integrará as 14 fábricas do complexo agroindustrial em um modelo autossuficiente, que elimina o desperdício e reaproveita integralmente os recursos gerados no processo.
Prevista para entrar em operação em dezembro de 2026, a estrutura atenderá a todo o parque industrial da companhia — biodiesel, glicerina refinada, glicerólise, etanol e esmagadora de soja — criando um circuito fechado totalmente automatizado e integrado, que além de reutilizar toda água tratada, ainda gera biogás, energia elétrica e vapor.
“Desenvolvemos uma solução que não existe em nenhum outro lugar do Brasil, pois a partir da combinação de diversas tecnologias e um longo estudo, nós reprojetamos e criamos um sistema integrado para tratamento de efluentes complexos, gerados em múltiplas fábricas,”, explica Robson Antunes, Diretor de Operações do Grupo Potencial.
A decisão de investimento surgiu da necessidade de ampliar a capacidade de tratamento dos efluentes diante da expansão do complexo industrial.
“A empresa foi além do convencional. Transformamos uma demanda operacional em uma oportunidade de inovação sustentável. Nosso objetivo foi criar uma operação de economia circular, ao invés de apenas tratar e descartar, reaproveitamos tudo e ainda geramos energia limpa”, completa Antunes.
O projeto foi idealizado pela equipe técnica da Potencial Agro, reforçando o posicionamento da companhia em inovação e sustentabilidade. Por ser uma solução personalizada, o sistema alcançará um nível de tecnologia superior, com 100% de automação e integração entre os processos de água e energia. Embora não seja a maior estação em tamanho, é a primeira de seu tipo no Brasil a combinar, em um mesmo circuito diversas tecnologias, gerando o reuso integral da água, a produção de biogás, a cogeração de energia elétrica e a produção de vapor. O projeto está diretamente inserido na estratégia ESG do Grupo Potencial.
Parte da energia gerada para abastecer todo o complexo industrial, será proveniente dessa nova tecnologia, fechando o ciclo de forma inteligente e sustentável.
O diferencial do projeto está na criação de um circuito fechado, onde nenhum recurso é perdido. Toda a água utilizada nas 14 fábricas será coletada e tratada em diversas etapas, como a oxidação avançada, lagoas anaeróbias, aeróbias, ultrafiltração, osmose reversa e eletrodeionização, até alcançar o nível de água ultrapura, retornando 100% ao processo produtivo.
Durante o processo, o efluente passará por uma lagoa biodigestora anaeróbia de pressão negativa que irá gerar e captar o biogás, com potencial de geração de 8,8 milhões de Nm³ (metro cúbico normal) por ano. O biogás será destinado às caldeiras de alta pressão, substituindo parcialmente o gás natural e permitindo a cogeração de energia elétrica renovável, que alimentará o próprio complexo industrial.
“Nossa solução é personalizada para tratar efluentes de 14 fábricas com características totalmente distintas. É uma complexidade técnica inédita e um exemplo real de sustentabilidade aplicada à indústria”, destaca Mariana de Sarges, gerente de Meio Ambiente do Grupo Potencial.
A estação está projetada para tratar efluente com redução de até 90% de insumos químicos, quando comparada a estações de tratamento convencionais, além de ter uma produção de biogás superior ao padrão de mercado.
O projeto apresenta uma solução sustentável, com viabilidade econômica comprovada e previsão de retorno financeiro em médio prazo (payback). Dessa forma, a ETE deixa de operar apenas como centro de custo e passa a desempenhar o papel de ativo estratégico para a companhia, contribuindo diretamente para o avanço das práticas ESG do Grupo Potencial.
“É um marco para o setor. Conseguimos criar uma estação que une sustentabilidade e eficiência, reduzindo impactos ambientais e gerando valor econômico para toda a operação”, reforça Antunes.
O projeto, que já está em fase de implantação, consolida o Grupo Potencial como referência em inovação, economia circular e gestão sustentável de recursos no agronegócio brasileiro.









