Durante cerimonia de entrega de medalha do titulo inédito da Copa do Mundo Feminina conquistado pela seleção espanhola, o então atual presidente da federação beijou uma das atletas, Jenni Hermoso, na boca. O ato causou revolta nas redes sociais, principalmente após declarações da atleta de que o beijo não havia sido consensual. Uma semana atrás, Rubiales renunciou ao cargo de presidente da federação espanhola, após sofrer forte pressão da mídia e das próprias atletas, que chegaram a anunciar boicote a convocações. Apesar da renuncia, o ex-presidente afirma ser inocente.
Em tribunal na cidade de Madri, na Espanha, nesta sexta-feira o ex-presidente foi alvo de uma medida protetiva a favor da atacante espanhola. O dirigente tera que manter distancia de 200m da vítima, e não poderá entrar em contato durante a investigação. O Ministério Publico da Espanha chegou a pedir que essa restrição fosse de 500m, que Rubiales comparecesse ao tribunal a cada 15 dias e congelamento de bens do cartola; todas sem sucesso.
“Podemos continuar afirmando que o beijo não foi consentido, que é o que dissemos desde o início. (Graças às imagens do beijo), o mundo inteiro, o país inteiro, pôde observar que não houve nenhum tipo de consentimento. E vamos provar isso no tribunal”, disse a advogada de Hermoso, Carla Valli Duran.
Tanto Rubiales quanto sua advogada não quiserem falar com a imprensa ao saírem do tribunal.
Além da acusação por agressão sexual, os promotores também acusam Rubiales de coerção, já que segundo Hermoso o dirigente havia a pressionado para defende-lo imediatamente após o escândalo.
A FIFA suspendeu provisoriamente o ex-presidente da RFEF de suas funções. De acordo com lei aprovada no ano passado que inclui o consentimento sexual, se for condenado, Rubiales poderá enfrentar multa ou prisão de um a quatro anos.