O HSBC anunciou a intenção de cortar US$ 1,8 bilhão em custos até o final de 2025, como parte de um esforço de reestruturação liderado pelo novo CEO, Georges Elhedery, para impulsionar os lucros do banco em meio a um cenário de políticas de juros divergentes e mudanças geopolíticas complexas. Essa medida visa melhorar a eficiência operacional do banco e prepará-lo para os desafios impostos pelas políticas monetárias em diferentes regiões do mundo.
Em paralelo, o HSBC registrou resultados financeiros acima das expectativas de mercado para 2024, refletindo sua capacidade de se adaptar ao ambiente econômico desafiador. O banco também anunciou uma nova recompra de ações no valor de US$ 2 bilhões, um movimento que deve beneficiar seus acionistas, com o objetivo de ser completada antes de sua próxima divulgação de resultados.
A reestruturação ocorre enquanto o HSBC lida com as diferenças nas políticas de taxas de juros globais, com a zona do euro possivelmente mirando cortes, estabilidade nos Estados Unidos e expectativas de aumentos no Japão, o que coloca desafios adicionais na gestão das operações do banco a nível global.
A tensão entre a China e EUA preocupa investidores do HSBC, uma vez que o banco considera o país asiático um mercado importante, onde investiu bilhões de dólares nos últimos anos.
Elhedery tornou-se CEO do HSBC em setembro e, desde então, vem trabalhando para aumentar rendimentos e intensificar o foco do banco na Ásia. A instituição financeira disse que pretende reduzir custos em cerca de US$300 milhões em 2025, com o compromisso de um corte anualizado de US$1,5 bilhão na base de custos até o final do ano que vem.
As ações do HSBC, listadas em Hong Kong, subiram até 1,8% após o anúncio dos lucros, seu valor mais alto desde fevereiro de 2011. O índice mais amplo do mercado teve uma queda de 0,4%.