O HSBC juntou-se na terça-feira à lista crescente de corretoras globais a reduzir sua meta de fim de ano para o índice S&P 500 (.SPX). A instituição financeira londrina revisou sua projeção de 6.700 para 5.600 pontos, citando a perspectiva de um crescimento econômico mais lento nos Estados Unidos e o impacto das pressões tarifárias sobre os lucros das empresas.
“A incerteza deve limitar as avaliações, dada a falta de visibilidade do crescimento dos lucros a longo prazo”, disse o HSBC, ao reduzir sua estimativa de lucro por ação para o índice em 5%, para US$ 255, abaixo das expectativas de consenso de US$ 264.
A nova meta do HSBC alinha-se com a previsão do BofA Global Research. Outras corretoras globais também têm ajustado agressivamente suas expectativas para o índice de referência americano em resposta à evolução da política tarifária de Donald Trump. A expectativa é que essas tarifas prejudiquem a rentabilidade das empresas americanas e aumentem o risco de uma recessão na economia dos EUA.
Até o momento, o S&P 500 acumula uma queda de 6% neste ano. O cenário base do HSBC para 2025 ainda prevê que a maior economia do mundo evitará tanto a recessão quanto a estagflação. A corretora projeta um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1% ao longo do ano e antecipa que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) realizará seu primeiro corte de juros em junho.
Diante do cenário macroeconômico incerto, o HSBC expressou preferência por ações defensivas, incluindo papéis de grande capitalização e empresas de valor.