Hurst Capital amplia atuação no segmento private 

A Hurst Capital, maior ecossistema de ativos alternativos da América Latina, está expandindo sua presença para o segmento private, com uma plataforma dedicada a investidores de alta renda e famílias que buscam diversificação fora do circuito tradicional. A fintech pretende reproduzir, nesse público, o modelo que consolidou sua liderança no varejo: originação proprietária, diligência rigorosa e descorrelação real, agora com maior personalização e governança reforçada.

De acordo com Breno Reis, COO da Hurst Capital, a nova vertical  foi desenhada para atender um investidor mais técnico e exigente, que busca previsibilidade, proteção e processos de análise mais robustos. O investimento mínimo para o cliente private é de R$ 500 mil. “Estamos levando ao private o que nos consolidou no varejo. O diferencial está na profundidade: alocação personalizada, tickets flexíveis, estruturas de proteção mais sólidas e acompanhamento individualizado por comitês dedicados a cada cliente ou família”, afirma.

O avanço da Hurst ocorre em um momento de maior sofisticação do investidor brasileiro. Com o ambiente de juros ainda elevados e os recentes eventos no mercado de crédito privado, cresceu a demanda por ativos descorrelacionados e com maior nível de diligência jurídica e financeira. “O investidor private hoje é mais sensível ao risco de concentração e menos tolerante a produtos de prateleira. Ele quer entender a origem da operação, o nível de proteção, e participar de estruturas que façam sentido no seu portfólio global”, diz Reis.

Na prática, a Hurst implementou uma política de investimento customizada, com limites de exposição por risco, setor e liquidez, além de oferecer janelas exclusivas de alocação e estruturas de co-investimento. O atendimento é consultivo e técnico, com carteiras geridas sob mandato, relatórios executivos personalizados e acesso direto ao time de originação, o que aproxima o investidor das oportunidades e aumenta a transparência no processo de decisão.

Para o público private, a companhia também ampliou os mecanismos de governança. Além dos comitês de acompanhamento, há revisão independente de operações, modelagem jurídica aprimorada e estrutura de proteção adaptada ao perfil de cada investidor. “Nosso modelo preserva independência, alinhamento e velocidade. Estruturamos operações de nicho com assimetrias claras e prazos curtos de execução, com remuneração transparente e, quando aplicável, coinvestimento do próprio time da Hurst”, explica o executivo.

A estratégia private da Hurst Capital está ancorada em três frentes principais. A primeira é a expansão do pipeline de ativos judiciais no Brasil, segmento em que a companhia foi pioneira e continua sendo referência. A gestora passou a originar operações de maior porte e complexidade, com estruturas mais sofisticadas de cessão, garantias e fluxo de recebíveis.

O segundo eixo é a diversificação internacional, com uma prateleira dolarizada que inclui crédito privado para companhias de perfil industrial (“blue collar”) na Suíça e fundos internacionais especializados em ativos alternativos. O terceiro eixo concentra-se em fundos de venture capital com foco em inteligência artificial, segmento em crescimento acelerado e que reforça a tese de diversificação da empresa.

“Tudo que oferecemos é 100% orientado a ativos alternativos, sem dependência de mercado acionário ou de renda fixa tradicional. Nosso objetivo é ampliar a descorrelação e reduzir a volatilidade da carteira do cliente, preservando retorno real e previsibilidade de fluxo”, afirma Reis.

Fundada em 2017, a Hurst Capital construiu um portfólio de mais de R$ 3 bilhões em operações originadas, tornando-se a maior plataforma independente de ativos alternativos da América Latina. O modelo, que combina originação própria com gestão de risco interna, permite à empresa atuar em nichos pouco explorados pelo sistema bancário tradicional, como créditos judiciais, precatórios, recebíveis empresariais e participações estruturadas.

Com a entrada no private, a Hurst quer capturar a demanda reprimida por soluções exclusivas de alocação em um segmento que tradicionalmente se apoia em produtos padronizados. A meta é aprofundar o relacionamento com famílias e investidores institucionais que buscam acesso direto a origens e governança comparável aos grandes fundos internacionais.

“O mercado brasileiro amadureceu. O investidor entende que a descorrelação verdadeira não se alcança com diversificação superficial, mas com acesso a origens exclusivas e análise profunda de risco. É isso que o private da Hurst entrega: estrutura sob medida, diligência robusta e alinhamento total de interesses”, conclui o CEO da Hurst Capital, Arthur Farache.

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