Nesta terça-feira (13), o Ibovespa alcançou um marco histórico, superando os 138 mil pontos pela primeira vez durante o pregão. O principal índice acionário da bolsa brasileira operava em alta, influenciado pela análise da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre as taxas de juros no Brasil e pelos efeitos da trégua tarifária entre Estados Unidos e China.
Em contrapartida, o dólar apresentava queda, sendo negociado a R$ 5,60, com uma desvalorização de mais de 1,40%. Na ata divulgada, o Copom avaliou que o ciclo de elevação das taxas de juros no Brasil já tem contribuído e “seguirá contribuindo para a moderação de crescimento” econômico.
Na semana anterior, o Banco Central elevou a taxa Selic pela sexta vez consecutiva, atingindo 14,75% ao ano, o patamar mais alto em quase duas décadas. Às 14h40, o dólar recuava 1,36%, cotado a R$ 5,6077, chegando a atingir a mínima de R$ 5,6007 durante o dia.
Na segunda-feira (12), a moeda americana encerrou o dia com alta de 0,53%, cotada a R$ 5,6849. No mesmo horário desta terça, o Ibovespa registrava um avanço de 1,45%, alcançando 138.549 pontos e chegando a uma máxima de 138.991 pontos. Na véspera, o índice fechou com uma leve alta de 0,04%, aos 136.563 pontos, renovando o maior patamar desde agosto.
O Banco Central informou que o impacto da elevação da taxa básica de juros no mercado de trabalho já está sendo observado e deve se intensificar. Em março, por exemplo, foram criadas 71,6 mil vagas formais de emprego, uma queda de 71% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Diante desse cenário de desaceleração econômica, economistas do mercado financeiro passaram a projetar estabilidade na taxa Selic até o final de 2025, conforme o relatório “Focus” do Banco Central divulgado nesta segunda-feira (12). Anteriormente, a expectativa era de uma nova elevação da taxa em meados de junho, para 15% ao ano.