Mercados respondem a ajustes após sequência de altas, enquanto investidores monitoram políticas no Brasil e nos EUA
O Ibovespa operou em queda hoje (15). Este declínio é atribuído em parte às declarações de John Williams, dirigente do Federal Reserve dos Estados Unidos, indicando que é prematuro discutir a diminuição das taxas de juros na maior economia do mundo.
Observou-se um cenário de menor confiança no exterior, refletido na redução do ímpeto do mercado acionário, mesmo que algumas empresas específicas, como VALE3 e PETR4, tenham apresentado avanços, enquanto outras, como BHIA3, enfrentaram quedas.
Internamente, o Brasil teve uma agenda mais tranquila, o que permitiu que os investidores voltassem sua atenção para os acontecimentos no Congresso. Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que traz mudanças significativas, como a subvenção do ICMS e alterações nos juros sobre capital próprio (JCP). Essas medidas legislativas têm potencial para impactar diversos setores econômicos, sendo um ponto de análise relevante para os investidores.
A volatilidade presente no mercado acionário brasileiro parece ser reflexo não apenas das influências externas, como as flutuações nas bolsas dos EUA após um período de altas consecutivas, mas também das dinâmicas internas do país, como as decisões políticas e legislativas em discussão no Congresso. Esse contexto reforça a sensibilidade do mercado nacional a eventos globais e domésticos, destacando a importância de um acompanhamento atento e estratégico para os investidores e agentes econômicos.
Câmbio
O dólar hoje abriu em queda, mas rapidamente reverteu para alta, atingindo uma valorização frente ao real de 0,67% a R$ 4,95 na máxima do dia. Na semana, a moeda norte-americana registra uma alta de 0,31%, mesmo com a queda brusca registrada na quarta-feira com um Fed mais brando, em contraste com a linha mais dura adotada por suas contrapartes europeias, impulsionou o euro e a libra.
Ainda, no acumulado do ano, o dólar registra queda de 6,37% até o momento.
*Luiz Felipe Bazzo é CEO do transferbank, uma das 15 maiores soluções de câmbio do Brasil. O executivo também já trabalhou em multinacionais como Volvo Group e BHS. Além disso, criou startups de diferentes iniciativas e mercados tendo atuado no Founder Institute, incubadora de empresas americanas com sede no Vale do Silício. O executivo morou e estudou na Noruega e México e formou-se em administração de empresas pela FAE Centro Universitário, de Curitiba (PR), e pós-graduado em finanças empresariais pela Universidade Positivo.