O Ibovespa Futuro iniciou a sessão desta segunda-feira (7) em forte queda, refletindo a aversão ao risco nos mercados internacionais. A deterioração do cenário externo foi desencadeada por novas declarações do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que voltou a adotar um tom rígido em relação à política tarifária com a China, afastando a perspectiva de um acordo comercial a curto prazo. Às 9h05 (horário de Brasília), o contrato futuro do Ibovespa com vencimento em abril recuava 1,18%, aos 126.020 pontos.
A fala de Trump de que “às vezes é preciso tomar remédios”, ao ser questionado sobre os efeitos de suas decisões nos mercados, elevou a tensão entre os investidores. Ele também afirmou que não pretende assinar um acordo com a China enquanto o déficit comercial norte-americano não for resolvido. As declarações aumentaram as apostas de que o Federal Reserve poderá cortar os juros já em maio, como forma de conter os impactos econômicos das tensões comerciais.
Os mercados futuros reagiram rapidamente, precificando quase cinco cortes de 25 pontos-base nos juros dos EUA neste ano, levando a uma forte queda dos rendimentos dos Treasuries.
O dólar iniciou esta segunda-feira (7) em alta no Brasil, refletindo o aumento da aversão ao risco nos mercados globais. A moeda norte-americana era negociada a R$ 5,88 na abertura. Às 9h28 (horário de Brasília), a valorização se intensificava, com o dólar avançando 0,83%, a R$ 5,8930 na venda.
O movimento segue a tendência internacional, marcada por fortes quedas nos índices futuros de Wall Street. Na Ásia, alguns mercados registraram os piores desempenhos desde 1997, aprofundando o clima de incerteza entre os investidores.
Na B3, o pregão ainda não havia começado, com a abertura programada para as 10h (horário de Brasília). A expectativa é de que o mercado brasileiro reaja à deterioração do cenário externo e às declarações do presidente norte-americano Donald Trump, que contribuíram para a piora do sentimento global.
Os preços do petróleo caem mais de 3% nesta segunda, aprofundando as perdas da semana passada, à medida que as crescentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China alimentaram temores de uma recessão que reduziria a demanda por petróleo bruto.