A Iguatemi registrou um lucro líquido de R$ 101,2 milhões no terceiro trimestre de 2024, representando um aumento significativo de 69,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho reflete uma forte recuperação no setor de varejo e uma retomada do fluxo de clientes nos 16 shoppings que compõem a rede da companhia, aproveitando o cenário econômico mais favorável e a adaptação do consumo à oferta de experiências e serviços diferenciados nos shoppings.
No critério ajustado, o lucro líquido da Iguatemi foi de R$ 118,5 milhões no terceiro trimestre de 2024, uma expansão de 16,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse valor ajustado exclui efeitos contábeis, como a linearização da receita de aluguéis, a variação no valor das ações da Infracommerce (empresa investida pela Iguatemi) e o swap de ações, o que fornece uma visão mais clara e “limpa” do desempenho operacional da empresa. A Iguatemi considera esse critério ajustado essencial para refletir de forma mais precisa seu crescimento e lucratividade subjacentes.
O Ebitda ajustado da Iguatemi no terceiro trimestre de 2024 foi de R$ 250,8 milhões, apresentando um crescimento de 1,2% em comparação ao ano anterior. A margem Ebitda ajustada ficou em 77,5%, uma queda de 4,6 pontos percentuais, o que indica um leve enfraquecimento na rentabilidade operacional da empresa.
Já o FFO (lucro líquido ajustado por depreciação, amortização e outros efeitos não caixa) ajustado somou R$ 166,3 milhões, registrando um aumento de 14,6% na comparação anual. A margem FFO foi de 51,4%, com um avanço de 3,3 pontos percentuais, refletindo uma melhoria na geração de caixa ajustada da Iguatemi, apesar da leve pressão na margem Ebitda.
A receita de aluguel de espaços aos lojistas (composta por aluguel mínimo, porcentual e locações temporárias) teve crescimento de 3,1%, para R$ 248,3 milhões. O segmento se beneficiou pelo retorno no IGP ao campo positivo, levando a reajustes nos contratos de aluguel.
O resultado financeiro da Iguatemi no terceiro trimestre de 2024 mostrou uma despesa líquida de R$ 57,5 milhões, o que representa uma redução de 42,5% em relação ao ano anterior. Essa diminuição nas despesas financeiras reflete uma gestão mais eficiente dos custos financeiros e, possivelmente, condições de financiamento mais favoráveis.
A empresa também apresentou uma dívida líquida de R$ 1,6 bilhão, reduzida em 11% em comparação com o mesmo período do ano passado. Com essa redução, a alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado) caiu para 1,67 vez, em contraste com 2,13 vezes há um ano, indicando uma posição financeira mais sólida e menor dependência de dívida, o que pode aumentar a flexibilidade financeira da Iguatemi para investimentos futuros e expansão.