Indústria da lata de alumínio reforça liderança na agenda de descarbonização

Durante Encontro da Lata, evento organizado pela Abralatas no dia 05 de novembro em São Paulo, representantes das três principais fabricantes globais de latas de alumínio reforçaram o compromisso da indústria com a descarbonização e a circularidade, e apresentaram os avanços e desafios na jornada para reduzir emissões até 2030.

“A lata de alumínio reúne atributos que fazem dela uma das embalagens mais alinhadas aos desafios de sustentabilidade atuais. Além de poder ser reciclada muitas vezes sem perda de qualidade, ela é leve, eficiente e altamente valorizada na cadeia de reciclagem. O alumínio primário já conta com processos de eletrificação, o que acelera a redução de emissões, e, por ser uma embalagem circular, a lata ocupa uma posição muito favorável na jornada global de descarbonização”, destacou Ramon Arratia, Chief Sustainability Officer (CSO) e Vice-Presidente Global de Assuntos Públicos da Ball Corporation.

Para Sandrine Duquerroy, diretora global de Sustentabilidade da Crown Holdings, o setor tem mostrado liderança em compromissos concretos com os escopos 1 e 2, mas ainda há desafios urgentes. “O uso responsável da água precisa ser tratado com toda a urgência, pois é um elemento-chave da sustentabilidade industrial. No Brasil, temos o menor nível de pegada de carbono do mundo e índices de reciclagem próximos de 90%, o que mostra o quanto o país é referência na agenda ambiental”, comentou. 

Bartłomiej Wojdyło, diretor de Sustentabilidade da Canpack, destacou a importância de uma atuação integrada de toda a cadeia. “As ações não podem ser isoladas: precisam envolver fornecedores, governos e parceiros logísticos. O investimento em tecnologia e eficiência é fundamental para garantir o impacto positivo e a competitividade do setor no longo prazo”, completou.

Moderado por Juliana Marcussi, Gerente de Política Climática e Mercados de Carbono da LACLIMA, o painel reforçou que a colaboração e a inovação serão os motores da descarbonização e que a indústria da lata avança de forma consistente na construção de uma economia mais circular, limpa e resiliente.

Sair da versão mobile