A taxa anual de inflação da Argentina ultrapassou 211% em 2023, segundo dados oficiais divulgados. Essa taxa é a maior desde o início da década de 1990, que levou o índice de preços ao consumidor a 3.079%.
A taxa de inflação na base mensal da Argentina atingiu 25,5% em dezembro, um pouco abaixo das previsões, após uma forte desvalorização do peso pelo governo de Milei. Muitos argentinos estão reduzindo os gastos ainda mais, sendo que dois quintos já estão na pobreza.
A disparidade entre a taxa de câmbio oficial e as taxas paralelas do peso argentino frente ao dólar também está aumentando, uma preocupação que tinha sido temporariamente aliviada após uma desvalorização significativa em dezembro.
A leitura da inflação em 2023 colocou a Argentina à frente da Venezuela, que por muito tempo foi considerada o ponto fora da curva da América Latina em termos de inflação. Enquanto a Venezuela viu uma diminuição nas pressões inflacionárias para uma estimativa de 193% em 2023, a Argentina enfrenta um cenário de aumento dos preços, superando a marca venezuelana.