O Fundo Social para as empresas do Rio Grande do Sul, lançado nesta quarta-feira (29) pelo Governo Federal e que deve chegar a até R$ 15 bilhões, é insuficiente para salvar os empregos dos gaúchos. Na avaliação do presidente do Instituto Empresa, Eduardo Silva, o financiamento com juros mais baixos que os praticados pelo mercado, servirá somente para repor equipamentos, permitir obras da construção civil e rever a malha industrial. A manutenção de empregos se faria com suporte à folha de pagamento. “Em termos de receitas, o mês de maio praticamente não existiu. Mas a folha, os encargos sociais e as contribuições obrigatórias persistiram”, ressalta.
De acordo com Silva, uma resposta adequada exigiria o estabelecimento de algo como um Programa Emergencial de Suporte a Empregos (PESE), promovido durante a Pandemia da Covid. O Instituto Empresa também se preocupa com a morosidade e a burocracia para que os recursos cheguem ao destino, com foco nos empresários que foram desafiados com o tamanho das perdas sofridas.
Auxílio efetivo às Empresas
A maior parte dos empresários jamais administrou uma crise de tamanha proporção. Para auxiliá-los na avaliação dos cenários, no reposicionamento e na obtenção de novas receitas e financiamento, o Instituto disponibilizou para as empresas, gratuitamente, o seu serviço “Conselhos Digitais”.
Conselheiros de Empresas atuarão gratuitamente junto às empresas afetadas com auxílio ao empresário. O Conselho é consultivo e não toma decisões, mas realiza o diagnóstico e propõe alternativas, emprestando um olhar externo de apoio. Os dados da empresa serão enviados digitalmente e em sigilo aos Conselheiros, as reuniões serão virtuais e acontecerão pelo menos uma vez por mês. A iniciativa terá prazo de seis meses, prorrogável por mais seis.
“Acreditamos que o suporte trazido por um conselho consultivo externo, formado por profissionais qualificados para assessorar a tomada de decisão do empresário e da empresa deve auxiliar na preservação de empregos, com a geração de receita e a manutenção da população em suas cidades de origem”, afirma Ricardo Lautert, membro do Fórum de Conselheiros Independentes do Instituto Empresa e coordenador do projeto.