O Bitcoin (BTC) registrou uma alta de até 3,2% nesta segunda-feira (11), superando a marca de US$ 122 mil e se aproximando de seu recorde histórico de US$ 123.205, alcançado em julho. Enquanto isso, o Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda, teve um desempenho ainda mais notável, valorizando mais de 21% na semana para atingir US$ 4.300, seu nível mais alto desde dezembro de 2021.
Entre os principais catalisadores, destaca-se a expectativa de corte nas taxas de juros nos Estados Unidos. A possível flexibilização da política monetária por parte do Federal Reserve tende a aumentar a atratividade de ativos alternativos, como o Bitcoin, diante de um ambiente menos restritivo.
“O movimento de valorização do Bitcoin é reflexo de um amadurecimento do mercado. Hoje, vemos uma combinação de fatores técnicos, institucionais e comportamentais que sustentam esse avanço. A entrada massiva de capital por meio dos ETFs, aliada à escassez pós-halving, está remodelando o cenário cripto global com uma nova dinâmica de oferta e demanda”, afirma Matheus Medeiros, CEO da Futokens.
A valorização das criptomoedas foi impulsionada por uma forte entrada de capital de investidores institucionais e empresas que mantêm criptoativos em seus balanços. De acordo com dados da Coingecko, o volume de Bitcoin acumulado por veículos listados já soma US$ 113 bilhões, enquanto o Ethereum em caixas corporativas atinge cerca de US$ 13 bilhões, segundo o site StrategicETHReserve.
A onda de otimismo também foi alimentada por figuras proeminentes. Eric Trump, filho do presidente dos EUA, comemorou a alta do Ethereum nas redes sociais, aconselhando investidores a pararem de “apostar contra BTC e ETH”. Em um debate sobre ativos de reserva de valor, o trader Peter Brandt declarou que, embora o ouro seja uma grande reserva de valor, o Bitcoin será “o melhor depósito de valor”, destacando seu poder de compra de longo prazo.
O mercado segue atento aos indicadores econômicos dos EUA, como o CPI e o PPI que serão divulgados nesta semana, além do processo de nomeação do próximo presidente do Federal Reserve. Esses eventos podem impactar as expectativas de corte de juros e influenciar o rumo dos mercados.
Apesar do cenário positivo, analistas alertam para o risco de realização de lucros após o forte rali recente, o que pode gerar volatilidade no curto prazo. Ainda assim, os fundamentos continuam robustos, sustentando perspectivas otimistas para o ativo digital. A última alta histórica do Bitcoin aconteceu em julho de 2025, quando saltou para U$122.838.
“Essa última pernada de alta do Bitcoin, na verdade, ela é muito, muito significativa para o setor cripto como um todo, especialmente para o Bitcoin, claro, como ele é índice de referência em todo o mercado de cripto ativos, nós conseguimos identificar principalmente as aquisições do lado corporativo, ou seja, de empresas adicionando bitcoins aos seus tesouros, as suas caixas respectivos da empresa”, explica Medeiros, que ainda completa.