Investimento direto no Brasil até outubro atinge US$ 74,2 bilhões

O Brasil registrou um desempenho robusto no fluxo de Investimentos Diretos no País (IDP), que já superaram o total de 2024 em apenas dez meses. Dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira (25) mostram que o país recebeu US$ 74,257 bilhões em IDP acumulado até outubro, ultrapassando os US$ 74,091 bilhões registrados em todo o ano anterior, com um crescimento de 8,8% no período.

Somente no mês de outubro, o ingresso de investimentos diretos surpreendeu o mercado, alcançando US$ 10,937 bilhões. O valor ficou bem acima dos US$ 6,304 bilhões projetados por analistas em pesquisa da Reuters e dos US$ 6,698 bilhões registrados em outubro de 2024.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, expressou otimismo na segunda-feira, afirmando que o Brasil caminha para registrar um recorde histórico de investimentos diretos neste ano. O maior ingresso anual de IDP já registrado no país foi de US$ 102,427 bilhões, em 2011.

Os investimentos diretos são considerados uma forma de financiamento de maior qualidade para o país, pois refletem aplicações de longo prazo diretamente na atividade produtiva, o que é crucial para compensar a piora em outras contas externas.

Apesar do forte desempenho do IDP, o Brasil registrou um déficit em transações correntes maior do que o esperado em outubro, atingindo US$ 5,121 bilhões. O resultado veio pior do que a projeção do mercado, que esperava um rombo de US$ 4,8 bilhões para o mês.

No acumulado em 12 meses, o déficit em conta corrente totalizou o equivalente a 3,48% do Produto Interno Bruto (PIB). O saldo negativo de outubro de 2025 foi menor, no entanto, que o déficit de US$ 7,387 bilhões registrado no mesmo mês do ano anterior.

O resultado do mês foi impactado, principalmente, pela conta de renda primária, que fechou outubro com saldo negativo de US$ 7,429 bilhões. Em contraponto, a balança comercial contribuiu positivamente, registrando um superávit de US$ 6,170 bilhões, significativamente superior aos US$ 3,189 bilhões de outubro de 2024. O rombo na conta de serviços, por sua vez, ficou em US$ 4,372 bilhões.

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