Investimentos em climate techs cresce 37,9%

Brasil pode ser um dos principais exportadores de tecnologia climática

De acordo com informações divulgadas recentemente pela empresa de dados financeiros e software, PitchBook, no primeiro trimestre de 2024, as climate techs  (startups voltadas para soluções climáticas) receberam o total de US$ 2,8 bilhões em aportes, um crescimento de 37,9%, no volume de capital investido.

Segundo Henrique Galvani, CEO da Arara Seed,  a intensificação de aplicações no segmento é reflexo do apetite dos investidores por soluções voltadas para as mudanças climáticas. Arara Seed é uma plataforma com tese de investimentos voltada para o Agro e Food.

“Impulsionadas pelo investimento federal dos EUA na descarbonização industrial, as climate techs estão, rapidamente, desenvolvendo soluções que combatem as mudanças climáticas e também estão de olho no mercado de carbono. Essa tendência não passou despercebida pelos investidores, que estão cada vez mais atentos à necessidade do planeta de enfrentar e diminuir as alterações provocadas pelo aquecimento global”, explica Galvani.

Vale destacar que, de acordo com o relatório Climate Techs Report 2024, elaborado pela Dealroom, 2023 foi o ano mais tórrido já registrado, alcançando temperaturas globais próximas do limite de 1,5 °C. O levantamento também revelou que o mês de fevereiro de 2024 foi o mais quente já catalogado, com uma temperatura média de 1,8 °C acima da era pré-industrial.

Para o CEO da Arara Seed, o aumento dos aportes em startups que oferecem soluções climáticas é não apenas necessário, como também uma oportunidade lucrativa para os investidores.

“O mercado de climate techs está destinado a expandir cada vez mais. A crescente frequência de desastres climáticos e a pressão para a adoção de soluções sustentáveis pela sociedade, governos e empresas impulsionarão ainda mais os investimentos. O mercado de carbono, em particular, oferece uma oportunidade significativa para o Brasil, que pode transformar créditos de carbono em uma fonte lucrativa de receita, contribuindo para uma economia mais verde e sustentável”, finaliza Galvani. 

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