O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nessa terça-feira (26), que o IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, desacelerou em março, para 0,36%, após a forte alta de 0,78%. O resultado foi em grande parte influenciado pelo grupo de Alimentação e Bebidas, com alta de 0,91% e impacto de 0,19 p.p. no índice geral.
O IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado trimestralmente, ficou em 1,46%, abaixo da taxa de 2,01% registrada no mesmo período em 2023. Os números vieram acima das expectativas do mercado financeiro. As expectativas eram de alta de 0,31% em março, chegando a 4,10% em 12 meses.
Apenas cinco dos nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta de preços em março. Além dos alimentos, o grupo Transportes também teve alta relevante, de 0,43% no mês e 0,09 p.p. de participação no índice geral. As demais variações ficaram entre o -0,58% de Artigos de residência e o 0,19% de Habitação.
Especificamente no grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio subiu 1,04% em março. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (16,64%), do ovo de galinha (6,24%), das frutas (5,81%) e do leite longa vida (3,66%). Já a alimentação fora do domicílio (0,59%) acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,48%), em virtude da alta mais intensa da refeição (0,35% em fevereiro para 0,76% em março).
O IPCA tem a função de esclarecer o consumidor sobre a oscilação dos preços, sendo fundamental para que autoridades alterem as políticas monetárias e tomem medidas econômicas com base nas pressões inflacionárias, que estão presentes o tempo todo, em qualquer economia.