A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou em agosto, registrando uma queda de 0,02%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10). No mês anterior, o índice havia apresentado uma alta de 0,38%.
A última vez que o IPCA havia registrado uma queda foi em junho de 2023, quando recuou 0,08%. No acumulado do ano, a inflação é de 2,85%, e nos últimos 12 meses, atinge 4,24%. Analistas, segundo uma pesquisa da Reuters, esperavam uma leve alta de 0,01% para agosto e um aumento de 4,29% na comparação anual.
Os principais fatores que contribuíram para a queda em agosto foram o grupo Habitação, influenciado pela redução nos preços da energia elétrica residencial, e o grupo Alimentação e Bebidas, que registrou a segunda queda consecutiva nos preços da alimentação no domicílio, conforme destacou o IBGE.
O gerente da pesquisa, André Almeida, destacou em nota que a mudança de bandeira tarifária da energia como fator preponderante para explicar o resultado de queda do grupo Habitação no índice.
“A principal influência veio de energia elétrica residencial, com o retorno à bandeira tarifária verde em agosto, onde não há cobrança adicional nas contas de luz, após a mudança para a bandeira amarela em julho”, pontua.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve queda de 0,14% em agosto, um dado 0,40 ponto percentual abaixo do resultado observado em julho (0,26%). No ano, o INPC acumula alta de 2,80% e, nos últimos 12 meses, de 3,71%, abaixo dos 4,06% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a taxa foi de 0,20%.
Os produtos alimentícios caíram 0,63% em agosto, segundo recuo consecutivo, após queda de 0,95% em julho. Por sua vez, a variação dos não alimentícios desacelerou de 0,65% em julho para 0,02% em agosto.