Itaú inicia negociação de criptomoedas pelo app íon

Clientes do banco vão ter acesso a compra e venda de criptomoedas diretamente pela plataforma.

Divulgação

O maior banco privado da América Latina, iniciou a oferta de compra e venda de criptomoedas. O negócio será feito pela plataforma íon, focada em investidores. Esse avanço, faz com que o Itaú se torne o primeiro dos bancos tradicionais de varejo do Brasil a oferecer este tipo de serviço.

Apesar de pertencer a um dos setores mais regulados da economia, o bancário, o Itaú se antecipou à definição da regulação do marco legal que trata dos provedores de serviços de ativos digitais (Vasps). O Banco Central (BC) está prestes a lançar o edital da consulta pública sobre o assunto, que estava previsto para novembro passado, e as primeiras regras devem entrar em vigor em 2024. Assim, o Itaú Unibanco se junta a instituições como BTG, que lançou a Mynt em 2022, o Nubank, no segmento desde 2022, e o Inter, que lançou negociação neste ano.

Bitcoin e Ether

O Itaú começa oferecendo bitcoin (BTC) e ether (ETH), que são cerca de 90% do mercado. O investimento mínimo é de R$ 10 e no início não há taxas de transações. Não é possível trazer ou levar criptos de/para outras carteiras. Para usar a íon, não é mais preciso ser cliente do banco, já que o banco abriu a plataforma neste ano para não-correntistas, ampliando sua base de usuários. O aplicativo chegou ao mercado em 2020. A oferta de novas criptos vai depender de pontos como a evolução da regulação.

Custódia própria


A segurança da custódia é consistentemente identificada como um dos pontos mais críticos no cenário de ações digitais. As empresas do mercado destacam que a confiança nesse aspecto desempenha um papel crucial na atração de investidores, especialmente os institucionais. Nesse contexto, o Itaú considera que a confiança na custódia será um diferencial crucial para sua posição no mercado.

O desenvolvimento desse serviço pela instituição exigiu um ano e meio de trabalho, alcançando um nível avançado de segurança para o seu lançamento. Conforme destacado por Antunes, responsável pelo projeto, o compromisso é evitar erros nesse processo. Ele enfatiza que os clientes que já injetaram seu dinheiro no banco podem confiar também na custódia de criptomoedas.

No universo das criptomoedas, uma expressão recorrente é “não é sua chave, não é sua criptografia” (Not your key, not your crypto), o que significa que a posse da chave de criptografia é essencial. No entanto, nem todos querem ou têm capacidade de gerir as suas próprias chaves. O recebimento mais comum costuma ser o temor de perdê-las, o que acarretaria na perda dos ativos digitais.

Sair da versão mobile