A JBS assinou na última quinta-feira, 31 de agosto, um acordo de cooperação técnica com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. A parceria tem como objetivo facilitar a contratação de pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), base de dados que dá acesso a programas sociais como o Bolsa Família.
Em julho, cerca de 1 milhão de famílias deixaram o programa. Essa saída ocorre, em parte, devido ao aumento da renda, já que as regras do Bolsa Família preveem o desligamento em casos de superação da linha de pobreza. O governo reduziu o período de “proteção”, em que a família continua recebendo parte do benefício mesmo com a renda maior.
A Caixa Econômica Federal tem liberado os pagamentos do Bolsa Família de julho, com os valores variando de acordo com a composição familiar e o Número de Identificação Social (NIS).
Com duração de dois anos, o convênio visa promover a inclusão socioeconômica de famílias de baixa renda. A JBS, uma das maiores empregadoras do Brasil, com 158 mil colaboradores e atuação em mais de 100 municípios, será responsável pelos processos seletivos.
O acesso às informações dos candidatos no CadÚnico será feito de forma impessoal e com o consentimento dos inscritos. Após a seleção, a empresa informará ao ministério os dados dos novos contratados para que seja validada a elegibilidade dos trabalhadores no sistema.
A cerimônia de assinatura do acordo aconteceu na sede da JBS, em São Paulo, e contou com a presença do ministro do Desenvolvimento, Wellington Dias, do conselheiro da JBS Wesley Batista e do CEO global da companhia, Gilberto Tomazoni.
Durante o evento, Wellington Dias destacou a importância de integrar as políticas sociais à economia: “Não dá para tratar a fome separadamente da pobreza e nem os dois separados da economia. É preciso integrar o social, o ambiental e o econômico para vermos a mudança acontecer”, afirmou.