Jovens mostram vontade de enfrentar crise climática, porém 21% não sabem como agir

Encontro do príncipe William com jovens líderes em Belém

Um dado do estudo Next Generation Brasil, realizado pelo British Council, joga luz sobre o principal desafio para a ação climática no país: existe um enorme potencial de engajamento jovem que esbarra na falta de acesso e direcionamento. A pesquisa, que ouviu mais de 3 mil brasileiros entre 16 e 35 anos, revela que, enquanto a maioria (65%) demonstra vontade de agir, uma parcela significativa (21%) dos que não participam de iniciativas ambientais aponta a falta de informação como barreira principal.

Esse diagnóstico preciso, apresentado no maior palheiro global do clima, direciona o legado da organização pós-conferência: é urgente traduzir a ambição em caminhos práticos. “Os números não mostram desinteresse, mas sim um grito por orientação. Nosso compromisso após a COP30 é atuar justamente na construção dessas pontes, conectando a vontade desses jovens a oportunidades concretas por meio da educação, da cultura e do desenvolvimento de habilidades”, diz Tom Birtwistle, diretor do British Council no Brasil.

O encontro que reuniu jovens líderes brasileiros com Sua Alteza Real, o Príncipe William, e o Primeiro-Ministro do Reino Unido, Sir Keir Starmer, mediada pelo British Council, teve como pano de fundo esses dados. O diálogo reforçou que a juventude é uma parceira estratégica, e não apenas uma espectadora, na construção de soluções para a crise climática.

O estudo Next Generation Brasil vai além de diagnosticar o problema e aponta caminhos. Os jovens entrevistados valorizam iniciativas que combinam inclusão, inovação e capacitação prática, eixo central dos programas globais da organização que foram destacados na COP30.  A organização deixa Belém com uma série de iniciativas fortalecidas e compromissos renovados. O foco, a seguir, é na implementação e na escala. A presença na COP30 envolveu apresentação de modelos que já estão em operação e que ganharão novo fôlego. Dentre eles, destacam-se:

Para Monomita Nag-Chowdhury, líder do programa The Climate Connection, do British Council, a COP30 representou “uma oportunidade de mostrar como a colaboração entre arte, ciência e juventude pode acelerar respostas globais à crise climática. Nosso papel é unir pessoas e ideias para transformar ambição em ação”.A participação do British Council na COP30, com sessões sobre a conexão entre clima e cultura, educação climática e engajamento juvenil, fez parte de uma agenda global que une o Reino Unido e parceiros internacionais. A presença em Belém também marcou um dos momentos-chave do Ano Cultural Brasil/Reino Unido 2025-26, que celebra a colaboração entre os dois países por meio das artes, da ciência e da inovação, deixando um legado de diálogo e ação conjunta que seguirá muito além da conferência.

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