A Kalshi, plataforma sediada nos EUA que opera um mercado de previsões regulamentado, anunciou a conclusão de uma rodada de financiamento de US$ 1 bilhão, elevando a avaliação da empresa para cerca de US$ 11 bilhões.
O aporte mais recente, uma rodada Série E, foi liderado pela Paradigm e contou com a participação de grandes firmas de capital de risco, incluindo Sequoia Capital, Andreessen Horowitz, Meritech Capital, IVP, ARK Invest, Anthos Capital, CapitalG (divisão de equity de crescimento da Alphabet) e Y Combinator.
A notícia chega em meio a um crescimento exponencial da empresa, fundada em 2018. A Kalshi oferece contratos binários de eventos, permitindo aos usuários negociar os resultados de eventos futuros do mundo real, como eleições políticas e aprovação de legislações.
De acordo com dados do TokenTerminal, a Kalshi ultrapassou sua principal rival, a Polymarket, no terceiro trimestre, atingindo US$ 4,47 bilhões em volume de negociação, em comparação com os US$ 3,5 bilhões da concorrente. A empresa também relatou que seus volumes de negociação semanais agora ultrapassam US$ 1 bilhão, um aumento de mais de 1.000% em relação a 2024.
“Kalshi está substituindo debates, subjetividade e conversas por mercados, precisão e verdade,” declarou Tarek Mansour, CEO da Kalshi, sublinhando o papel da plataforma como uma nova forma de consumir e engajar com informações.
O cenário de mercado de previsões está aquecido, com a concorrência buscando capitalização. A própria Kalshi havia arrecadado US$ 300 milhões com uma avaliação de US$ 5 bilhões em outubro, em meio a planos de expansão global.
Seu maior concorrente, a Polymarket, também estaria em negociações para levantar capital, com uma avaliação projetada entre US$ 12 bilhões e US$ 15 bilhões. No entanto, o cofundador e sócio-gerente da Paradigm, Matt Huang, destacou o sucesso da Kalshi, afirmando que “O crescimento exponencial da Kalshi demonstra a escala da demanda latente por mercados de previsão como uma nova classe de ativos — desde instituições até pessoas comuns.”
A rodada de financiamento mais recente ocorre após a vitória legal da Kalshi em um desafio judicial bem-sucedido contra a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA (CFTC), após o qual a startup obteve aprovação para listar contratos relacionados à eleição presidencial.
A Kalshi informou que o capital arrecadado será usado para acelerar a adoção pelo consumidor, adicionar corretoras, buscar parcerias com a mídia e expandir sua linha de produtos.