A Kepler Weber fechou contrato com a Be8 para construir a maior unidade de beneficiamento e armazenagem de grãos dos últimos cinco anos. A solução envolve pacote de recebimento, pré-limpeza, secagem e armazenamento de grãos, um conjunto com oito silos que tem capacidade de armazenagem de 160 mil toneladas de trigo.
A obra será realizada em Passo Fundo (RS), local onde será instalada a primeira fábrica de grande porte no estado para fabricação de etanol a partir de cereais. Será também a primeira indústria de produção de glúten vital do Brasil, um concentrado proteico obtido a partir da farinha de cereais, além do DDGS (Grãos Secos de Destilaria com Solúveis), coproduto rico em proteína utilizado para nutrição animal.
Com o negócio, a Kepler Weber projeta impulsionar as receitas dos próximos trimestres de 2025. A companhia fechou, nos últimos 12 meses, três contratos no setor de biocombustíveis.
“A Kepler tem apoiado a expansão das indústrias de etanol no Brasil com tecnologias e equipamentos de ponta. Hoje, no país, são cerca de 30 projetos em andamento e nós estamos participando ativamente de sete disputas previstas para os próximos 12 meses, o que reforça a liderança da companhia também neste setor”, afirma Bernardo Nogueira, CEO da Kepler Weber.
A unidade da Be8 em Passo Fundo terá capacidade para processar 525 mil toneladas de cereais por ano, produzir 220 milhões de litros de etanol e gerar 155 mil toneladas anuais de farelo. A expectativa é de que a obra esteja concluída e em plena operação no segundo semestre de 2026.
“Celebramos com a Kepler Weber mais uma parceria muito importante de um projeto que tem a marca registrada da inovação que a Be8 promove. Esta é uma nova etapa que materializa mais um passo em direção da realização de nosso propósito de liderar a renovação energética para criar um futuro sustentável”, afirma Leandro Luiz Zat, vice-presidente de operações da Be8.
O mercado de biocombustíveis vive uma fase de crescimento acelerado no Brasil. De acordo com a União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), o país conta atualmente com 25 biorrefinarias em operação, dez projetos autorizados para construção pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e outras 20 unidades programadas.
“Nosso objetivo tem sido ocupar um papel cada vez mais relevante na modernização das agroindústrias brasileiras, por meio de soluções que integram armazenagem, logística e tecnologia de processamento com alta eficiência. Este projeto marca um novo capítulo nessa trajetória, pois trata-se de uma planta de escala inédita no estado, que alia armazenagem inteligente à produção de biocombustíveis e insumos”, destaca Nogueira.