A Klabin, gigante do setor de papel e celulose, anunciou um lucro líquido de R$ 585 milhões no segundo trimestre de 2025, um aumento expressivo de 86% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O resultado, divulgado nesta terça-feira, mostra a capacidade da empresa de gerar lucro mesmo em um cenário de estabilidade em outras métricas.
Apesar do forte crescimento no lucro líquido, o Ebitda ajustado da Klabin permaneceu praticamente estável, totalizando R$ 2,041 bilhões, uma leve queda de 1% em relação ao 2T24. Segundo a companhia, a estabilidade foi sustentada pelo aumento da receita líquida de papéis e embalagens, impulsionada por reajustes de preços e pela desvalorização do real frente ao dólar. A margem Ebitda ajustada ficou em 39%, uma queda de 2 pontos percentuais na comparação anual.
A Klabin também informou um aumento de 18% em sua dívida líquida, que atingiu R$ 27,951 bilhões em 30 de junho de 2025. Com isso, o indicador de alavancagem financeira, medido pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado, subiu para 3,7 vezes, um crescimento de 0,7 ponto percentual.
A companhia aprovou a distribuição de R$ 306 milhões em dividendos, o que corresponde a R$ 0,05018892311 por ação (ordinária ou preferencial) e R$ 0,25094461555 por unit. Os acionistas que tiverem posição na empresa até o final do pregão do dia 8 de agosto de 2025 terão direito aos proventos. As ações serão negociadas “ex-dividendos” a partir de 11 de agosto, e o pagamento será efetuado em 19 de agosto de 2025.
A produção de celulose foi de 405 mil toneladas no 2T25, em linha com o mesmo trimestre do ano anterior. Já a produção de papel-cartão foi de 239 mil toneladas, 7% superior ao apresentado no mesmo período do ano passado favorecido pelo ramp-up da MP28, que apresentou crescimento de 20% na produção de papel-cartão no mesmo período.
Em containerboard o volume produzido foi de 463 mil toneladas no 2T25, em linha com o 2T24, devido a parada geral programada de manutenção realizada na unidade de Otacílio Costa (SC).