O mercado financeiro reagiu majoritariamente de forma positiva aos resultados da Klabin (KLBN11) no terceiro trimestre de 2025, concentrando-se no robusto avanço operacional e na melhora das margens, em detrimento da queda no lucro líquido.
O Ebitda ajustado de R$ 2,117 bilhões, que representou uma alta de 17% e a ampliação da margem Ebitda ajustada para 39%, superou as expectativas médias dos analistas, que projetavam o indicador em torno de R$ 2 bilhões. Essa surpresa positiva reforçou a percepção de que a Klabin demonstrou resiliência operacional, especialmente em um cenário global desafiador marcado pela valorização do Real e pela queda no preço internacional da celulose de fibra curta.
Os analistas destacaram que o principal motor do desempenho foi o segmento de papéis e embalagens, que compensou a pressão da celulose com um maior volume de vendas e a capacidade da Klabin de implementar reajustes de preços no mercado.
A receita líquida, que cresceu 9% para R$ 5,426 bilhões, e o volume de vendas, com aumento de 14%, foram vistos como provas da solidez do modelo de negócios da companhia. A melhora no nível de alavancagem, com a dívida líquida/Ebitda ajustado caindo para 3,3 vezes, também foi um ponto favorável, indicando uma gestão financeira eficaz e redução do risco. A distribuição de R$ 318 milhões em dividendos anunciada juntamente com o balanço adicionou um elemento atrativo para os investidores focados em proventos.
Refletindo essa visão mais otimista em relação à execução operacional e à saúde financeira, as ações da Klabin (KLBN11) abriram o pregão com valorização, oscilando positivamente após a divulgação.
O mercado interpretou que, embora o lucro líquido tenha sido impactado por fatores não-caixa ou variáveis como o câmbio, o core business da empresa segue fortalecido, justificando a confiança na capacidade de geração de caixa futura. Em suma, o consenso do mercado pendia para a tese de que os números do 3T25 foram consistentes, reforçando a expectativa de uma melhora contínua na performance operacional.