A Koppert Brasil, subsidiária da multinacional holandesa especializada em controle biológico de pragas, está no mercado para captar € 100 milhões em operação de private equity, assessorada pelo Itaú BBA. Os recursos serão destinados à construção de três novas unidades industriais em Piracicaba (SP) — fungos, bactérias e nematoides —, com o objetivo de triplicar a capacidade produtiva nos próximos cinco anos e fortalecer a autonomia financeira e de gestão da operação brasileira.
A captação marca uma inflexão estratégica: a Koppert Holanda permanecerá como acionista majoritária, mas o novo investidor (private equity) e o financiamento complementar via bancos locais permitirão à subsidiária brasileira financiar seu crescimento de forma independente, sem depender de aportes da matriz.
“O Brasil cresceu e precisa de uma estrutura de capital à altura desse crescimento. Atingimos um patamar de escala e maturidade que exige autonomia financeira. A partir dessa captação, passamos a estruturar nosso crescimento com capital e crédito locais, preservando o alinhamento estratégico com a Holanda, mas ganhando velocidade de decisão e execução”, explicou Gustavo Herrmann, Diretor Comercial da Koppert América do Sul.
“Estamos falando de uma expansão que exige domínio de processos complexos, controle de qualidade rigoroso e integração logística com o campo. Essas três plantas vão nos permitir não apenas crescer em volume, mas elevar o patamar técnico da nossa operação, com maior rastreabilidade, eficiência produtiva e capacidade de resposta ao cliente”, afirma Danilo Pedrazolli, Diretor Industrial da Koppert América do Sul.
A estratégia de expansão industrial responde a uma demanda por maior autonomia logística e à necessidade de ampliar a oferta de bioinsumos em um mercado promissor como o brasileiro, cuja demanda cresce quatro vezes mais que a demanda global.
A Koppert, líder mundial em controle biológico, trabalha para agricultores em todo o mundo desde 1967, promovendo a sustentabilidade e a rentabilidade de cultivos, preservando a biodiversidade na agricultura e contribuindo para sistemas alimentares mais seguros.
Está presente no Brasil desde 2011 e, atualmente, conta com três modernas unidades de produção: a de microbiológicos, localizada na cidade de Piracicaba, e as unidades de formulações e de macrobiológicos, que ficam na vizinha Charqueada, todas no estado de São Paulo.
