Levantamento realizado pela consultoria Robert Halg com 1.161 profissionais, para entender como empresas e trabalhadores se sentem com relação ao trabalho, constatou que 89% das companhias admitem que bons resultados estão diretamente atrelados à motivação e felicidade dos colaboradores. Para Antonella Satyro, CEO da universidade e escola corporativa do futuro Líderes que Curam, mentora de líderes, palestrante e autora do livro “Líderes que Curam – Construa sua liderança do futuro com uma equipe motivada, engajada e de melhor performance”, trabalhadores mais felizes e motivados tendem a ser mais eficientes e produtivos, logo geram melhores resultados às empresas onde atuam.
Para ela, no sentido de tornar os colaboradores mais dispostos à realização de tarefas, é fundamental a figura do líder; não aquele tradicional, que comanda e controla, tendo o ego como referência, mas o líder humanizado, que prioriza o funcionário em detrimento de suas próprias vontades, exercendo a chamada liderança servidora. “Ao contrário das abordagens mais tradicionais, que se concentram no poder e na autoridade do líder, a liderança servidora se baseia na ideia de servir aos outros e ajudá-los a alcançar seu pleno potencial”, explica.
É dessa forma, afirma a especialista em carreira, que a liderança servidora tem sido associada a resultados positivos nas empresas, como maior satisfação no trabalho, comprometimento de funcionários, desenvolvimento de líderes emergentes e desempenho organizacional. “Ao criar um ambiente de confiança, respeito e apoio mútuo, os líderes servidores ajudam a cultivar uma cultura organizacional saudável e orientada para o crescimento”, diz. Não à toa, destaca Antonella, as habilidades socioemocionais e comportamentais mais desenvolvidas nesse tipo de líder são: a empatia, o altruísmo, a humildade, o desenvolvimento de pessoas e o senso de comunidade e colaboração.
De acordo com a autora, para construir um ambiente onde os colaboradores se sentem felizes, contribuindo para que as empresas sejam mais produtivas, eficientes e lucrativas, o profissional que exerce o tipo de liderança servidora, humanizada, precisa que os integrantes de seu time se sintam incluídos e valorizados. Nesse sentido, afirma Antonella, ele deve atuar como um líder plural, que vai além da superfície e identifica nos colaboradores capacidades e habilidades latentes, incentivando o desenvolvimento delas e empoderando os liderados a alcançarem seu potencial máximo. “Líderes humanizados são artistas, construtores e pessoas que ajudam a lapidar outras”, afirma.
A mentora de líderes ressalta que ao reconhecer a singularidade de cada pessoa e ajudar a desenvolver suas habilidades, o líder acaba fazendo a diferença no desempenho individual do colaborador e, consequentemente, no alcance dos objetivos organizacionais. Conforme Antonella, ao adotar essa abordagem humanizada e valorizar o indivíduo, o líder cria um ambiente de trabalho que promove a colaboração e o crescimento pessoal e profissional e contribui para o sucesso da equipe e da empresa. “A liderança humanizada é o caminho para empresas mais felizes e engajadas, trazendo resultados muito mais positivos para as pessoas e lucro sustentável em longo prazo”, conclui.