Light registra prejuízo de R$ 51,6 milhões no 2º trimestre

A Light explicou que o custo da dívida aumentou principalmente pelo efeito negativo da variação cambial

A Light registrou um prejuízo líquido de R$ 51,6 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo o lucro de R$ 109,4 milhões obtido no mesmo período do ano anterior. Com isso, a empresa acumula perdas de R$ 257,6 milhões no primeiro semestre de 2024, em contraste com o lucro de R$ 216,5 milhões registrado nos primeiros seis meses de 2023.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou R$ 570,5 milhões entre abril e junho, representando um aumento de 18,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. Excluindo a equivalência patrimonial, efeitos não recorrentes e outros itens, o Ebitda ajustado atingiu R$ 792,5 milhões, uma alta de 66,9% em relação ao segundo trimestre de 2023.

A receita operacional líquida da Light aumentou 11,2% no trimestre, atingindo R$ 3,722 bilhões. Nos primeiros seis meses do ano, a receita da companhia somou R$ 7,044 bilhões, representando um crescimento de 1,2%. O resultado financeiro foi negativo, com uma despesa de R$ 597,8 milhões, significativamente superior aos R$ 72,8 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, as despesas totalizaram R$ 3,09 bilhões, 2,8% acima do valor reportado na mesma etapa do ano passado.

Em processo de recuperação judicial, a Light informou que o aumento no custo da dívida ocorreu principalmente devido ao impacto negativo da variação cambial, consequência do desmonte das operações de hedge cambial realizado pelas instituições financeiras no segundo trimestre do ano passado, após o pedido de recuperação judicial feito pela empresa em maio de 2023.

O plano de recuperação judicial foi aprovado na Assembleia Geral de Credores em 29 de maio, mas ainda não está refletido no balanço do segundo trimestre, pois várias ações ainda estão em fase de implementação. Por essa razão, as despesas financeiras foram registradas de acordo com os custos dos contratos originais de dívida.

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