A Localiza (RENT3) reportou resultados para o segundo trimestre de 2025 que vieram ligeiramente acima das expectativas do mercado, impulsionando as ações da companhia. O lucro líquido ajustado alcançou R$ 768 milhões, um aumento de 29% em relação ao ano anterior e 5% acima das estimativas. A empresa teve um crescimento de 40,2% no EBITDA, que chegou a R$ 3,3 bilhões, impulsionado por eventos não recorrentes como as enchentes no Rio Grande do Sul e ajustes de valor recuperável.
Analistas do Itaú BBA consideraram o resultado ligeiramente positivo, destacando que a Localiza superou as expectativas devido a um resultado financeiro líquido melhor do que o previsto. No entanto, o banco mantém a cautela, apontando riscos como o aumento da depreciação, margens baixas no segmento de seminovos, e um cenário de queda nos preços dos veículos, o que pode impactar os lucros futuros. O BBA manteve sua recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 53.
O BTG também viu o lucro líquido como um ponto forte, ressaltando a margem do segmento de aluguel de carros (RAC), que atingiu 67% e foi sustentada por tarifas diárias mais altas e pela renovação da frota. No entanto, o segmento de seminovos registrou uma queda trimestral nas vendas devido ao novo decreto do IPI Sustentável, embora a empresa tenha visto uma aceleração nas vendas em julho. A Localiza anunciou um impairment de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão no terceiro trimestre. O BTG reiterou a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 56.
A XP Investimentos apontou que, embora o lucro tenha superado as expectativas, a receita do segmento de aluguel de carros teve um crescimento reduzido, com queda nos volumes e desaceleração das tarifas, refletindo o cenário econômico desafiador.
O Bradesco BBI também destacou a expansão das margens nos segmentos de RAC e de Gestão de Frotas (GTF), mas notou a queda na margem de seminovos. O banco ressaltou ainda a alta de 3,5% na depreciação anualizada por veículo no segmento RAC. A Localiza registrou uma baixa não-caixa de R$ 937 milhões, referente a impostos diferidos sobre prejuízos fiscais da incorporação da Locamérica, o que resultou em um prejuízo contábil de R$ 169 milhões no período.