O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lucrou R$ 26,4 bilhões em 2024, crescimento de 20,5% em relação a 2023, e realizou a maior injeção de crédito da história da instituição, com aprovações e garantias que somaram R$ 276,5 bilhões. Também foi o ano em que o BNDES alcançou a maior carteira de crédito desde 2017, no valor de R$ 584,8 bilhões, e a menor inadimplência do sistema financeiro (0,001%).
Os resultados de 2024 foram divulgados nesta terça-feira, 25, na sede da instituição, no Rio, com a participação do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e dos diretores Alexandre Abreu (Financeiro), Nelson Barbosa (Planejamento e Relações Institucionais), José Luís Gordon, Infraestrutura e Mudança Climática (Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior), Luciana Costa (Infraestrutura e Mudança Climática), Maria Fernanda Coelho (Crédito Digital para MPMEs) e Tereza Campello (Socioambiental).
“Temos um valor recorde nominal em impacto em créditos da economia de R$ 276,5 bilhões, sendo R$ 63,9 bilhões via fundo garantidor e R$ 212,5 bilhões pelo crédito do BNDES, direto e indireto, já que uma parte disso a gente faz com os agentes parceiros. É um recorde histórico e um aumento de 81% em relação a 2022. Foi um trabalho extraordinário o esforço que o Banco fez para poder chegar a este resultado”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
As aprovações de crédito atingiram R$ 212,6 bilhões, um aumento de 22% em relação a 2023 e de 61% em comparação com 2022. Destacaram-se os crescimentos de 132% na indústria (R$ 52,4 bilhões), 92% na agropecuária (R$ 52,3 bilhões) e 83% em Comércio e Serviços (R$ 33,4 bilhões), todos em relação a 2022. Essa é a primeira vez desde 2018 que as aprovações de crédito na indústria superam as da agropecuária.
Além do total de R$ 212,6 bilhões em aprovações, o Banco alavancou mais R$ 63,9 bilhões em crédito com a concessão de garantias para micro, pequenas e médias empresas, por meio de três modalidades: o Fundo Garantidor de Investimentos Tradicional (BNDES FGI), o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (FGI PEAC) e o FGI PEAC Crédito Solidário RS, criado para atender à demanda das MPMEs de acesso ao crédito no Estado do Rio Grande do Sul para o enfrentamento dos efeitos das inundações.
As consultas somaram R$ 327,7 bilhões (aumento de 21% em relação a 2023 e de 127% a 2022). E os desembolsos totalizaram R$ 133,7 bilhões em 2024, aumento de 17% frente a 2023 e de 37% a 2022, com manutenção da trajetória de crescimento.
O lucro líquido total de R$ 26,4 bilhões em 2024 foi 20,5% superior aos R$ 21,9 bilhões apurados em 2023. Já o lucro líquido recorrente de R$ 13,2 bilhões cresceu 11,1% frente a 2023 (R$ 11,9 bilhões).