O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou ao Senado Federal três novas periodicidades para a diretoria do Banco Central (BC), que deverão ser sabatinadas na próxima semana. A expectativa é que os indicados assumam suas cargas em janeiro de 2025.
Se aprovado, as restrições resultarão em Lula tendo nomeado sete dos nove membros do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic. Ao final de 2025, o presidente terá a oportunidade de indicar mais dois diretores para o BC.
Segundo a nota do Banco Central, Izabela Correa será inicada vaga de Carolina de Assis Barros (diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta); Gilneu Vivan, para vaga de Otávio Damaso (diretoria de Regulação) e Nilton David na vaga de Gabriel Galípolo (diretoria de Política Monetária).
Gabriel Galípolo, já aprovado pelo Senado, assumirá a presidência do Banco Central (BC) em janeiro de 2025, o que resultará em sua saída do cargo de diretor Política de Monetária da instituição. Para ocupar essa vaga, o presidente Lula indicou Nilton José Schneider David, que, se aprovado, permanecerá no cargo até 28 de fevereiro de 2027.
Nilton David é formado em economia e engenharia pela Universidade de São Paulo (USP) e possui ampla experiência em instituições financeiras, tanto no Brasil quanto no exterior. Atualmente, ele ocupa o cargo de Chefe de Operações de Tesouraria do Bradesco.
Embora os nomes dos indicados já tenham sido divulgados, o governo ainda precisa enviar oficialmente a mensagem com os indicados para o Senado Federal. A partir desse momento, os indicados poderão iniciar o processo de “beija-mão”, que consiste em visitar os gabinetes dos senadores para convencê-los a votar favoravelmente durante a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Após a coleta das restrições, o presidente da CAE, o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), será responsável por agendar a sabatina, que poderá ocorrer de forma simultânea, com todos os indicados sendo sabatinados ao mesmo tempo.
Se aprovados na comissão, os nomes seguirão para votação no Plenário do Senado. Para serem aprovados para as cargas no Banco Central, cada indicação precisará conquistar pelo menos 41 votos. Vale ressaltar que o Congresso Nacional entra em recesso em 22 de dezembro, o que significa que os parlamentares terão que fazer um esforço extra se desejarem aprovar as restrições ainda neste ano.