Após Lula ter assumido a presidência do G20, o economista estadunidense e vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2001, Joseph Stiglitz, viajou para o Brasil com o objetivo de se reunir com o presidente e propor algumas ações para a gestão do Brasil no Grupo dos 20.
Uma das principais ações defendidas por Stiglitz é o imposto global às multinacionais, onde os países signatários devem aplicar um tributo mínimo de 15% sobre os lucros das multinacionais. Outra pauta defendida é a transição energética/ecológica através da atuação dos bancos multilaterais de financiamento, assim como o desenvolvimento em investimento verde e em infraestrutura.
Em nota, o Planalto afirmou que: “Ambos trocaram informações a respeito da presidência do G20, que o Brasil assume em dezembro. Lula comentou sobre sua intenção de priorizar as pessoas nas discussões do bloco, favorecendo um maior engajamento dos cidadãos e dos movimentos sociais, um ‘G20 popular”.
Luiz Inácio Lula da Silva foi elogiado pelo vencedor do Nobel, principalmente por reativar 42 programas de inclusão social, pelo lançamento do novo PAC e pela reforma fiscal. O presidente prometeu criar uma aliança global contra a fome e a pobreza e mobilizar os países contra as mudanças climáticas durante sua presidência do G20.
O que é o G20?
O G20, ou Grupo dos Vinte, é um importante fórum internacional composto por 19 países e a União Europeia, que se reúnem regularmente para discutir questões econômicas e financeiras globais. Criado em 1999, o G20 desempenha um papel fundamental no cenário internacional, reunindo as maiores economias do mundo em um esforço colaborativo para abordar desafios econômicos e financeiros significativos.
Composição do G20:
Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia.
Principais funções do G20:
- Coordenação Econômica: O G20 trabalha para coordenar políticas econômicas e financeiras entre seus membros, com o objetivo de evitar crises econômicas globais e promover o crescimento sustentável.
- Reforma Financeira: Após a crise financeira global de 2008, o G20 desempenhou um papel fundamental na promoção de reformas regulatórias para tornar o sistema financeiro mais seguro e transparente.
- Comércio Internacional: O G20 busca promover o comércio internacional justo e aberto, bem como resolver disputas comerciais.
- Desenvolvimento Sustentável: O grupo trabalha na promoção do desenvolvimento econômico sustentável, com um foco crescente nas questões ambientais e climáticas.
- Combate à Corrupção: O G20 também se dedica a combater a corrupção e a promover a transparência nos negócios globais.
- Resposta a Crises: Em tempos de crise, o G20 reúne seus líderes para coordenar ações de resposta e mitigação de danos.
Como a Presidência dirige a agenda do G20?
A Presidência do G20 dirige a agenda do G20 por um ano e acolhe a cúpula. O G20 consiste em duas faixas paralelas: a Trilha das Finanças e a Trilha Sherpa. Os Ministros das Finanças e os governadores dos Bancos Centrais lideram a Trilha das Finanças, enquanto os Sherpas lideram a Trilha Sherpa após a Trilha das Finanças.
O processo do G20 do lado sherpa é coordenado pelos sherpas dos países membros, que são emissários pessoais dos líderes. A Trilha das Finanças é liderada pelos Ministros das Finanças e Governadores dos Bancos Centrais dos países membros. Dentro das duas faixas, existem grupos de trabalho temáticos em que participam representantes dos ministérios relevantes dos membros, bem como de países convidados / convidados e várias organizações internacionais.
A Trilha das Finanças é liderada principalmente pelo Ministério das Finanças. Estes grupos de trabalho reúnem-se regularmente ao longo do mandato de cada Presidência. Os sherpas supervisionam as negociações ao longo do ano, discutindo os pontos da agenda da cúpula e coordenando o trabalho substantivo do G20.