Três semanas após a manifestação realizada no Rio de Janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a mobilizar sua base neste domingo (6), promovendo um novo ato em São Paulo. O evento reuniu apoiadores e autoridades políticas em defesa da anistia aos envolvidos no ato nas sedes dos Três Poderes, ocorrido em 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
O evento teve a presença de sete governadores, número superior aos quatro chefes de Executivo que participaram do protesto anterior na capital fluminense.
Em uma imagem divulgada pela assessoria do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara, Bolsonaro aparece ao lado de Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Wilson Lima (União Brasil), do Amazonas; Ratinho Junior (PSD), do Paraná; e Mauro Mendes (União Brasil), do Mato Grosso.
O aumento no número de governadores presentes reforça o apoio de lideranças políticas ao ex-presidente e à sua principal bandeira no momento: pressionar o Congresso pela anistia aos envolvidos.
O protesto teve início por volta das 14h e reuniu milhares de apoiadores na Avenida Paulista. Durante o ato, foram feitos discursos com duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e manifestações de apoio ao projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados em defesa da anistia aos envolvidos no ato de 8 de janeiro de 2023.
Por volta das 15h40, Bolsonaro subiu ao trio elétrico e discursou para o público. Ele voltou a defender a anistia aos presos pelos atos, classificando as punições como excessivas.
O ex-presidente também voltou a criticar sua inelegibilidade, afirmando que foi punido apenas por ter “se reunido com embaixadores”. Em tom político, declarou que “eleições em 2026 sem Jair Bolsonaro é negar a democracia, é escancarar a ditadura no Brasil”. A manifestação reforçou o posicionamento de Bolsonaro como principal liderança da oposição ao governo federal.
A Polícia Militar de São Paulo afirmou que não vai divulgar a estimativa de público.