Melhoramentos entra no mercado de embalagens de papel

Investimento milionário terá produção em Minas Gerais

A Melhoramentos, empresa renomada no setor de fabricação de fibra de celulose, irá construir uma fábrica de embalagens feitas de papel na cidade de Camanducaia, no sul do estado de Minas Gerais. A companhia irá investir R$ 40 milhões na construção, que terá a capacidade de produzir 60 milhões de embalagens sustentáveis por ano. Com a ação, a entidade agora se torna uma grande concorrente de outras no setor, já que o tema ESG chama a atenção do mercado e de investidores.

Sustentabilidade – essa é a palavra-chave do mercado em 2024. Uma série de empresas correm contra o tempo para não ficar para trás nessa revolução em prol do meio-ambiente. De acordo com Rafael Gibini, presidente da Melhoramentos, a empresa sai na frente justamente por trazer um diferencial único nas embalagens, já que a matéria-prima de cada uma pode ser extraída da própria fibra de celulose. 

Para a Melhoramentos, o foco é fazer uma transformação maior. Vamos para a indústria [alimentícia] porque os volumes são maiores e é preciso mudar toda uma linha de produtos para usar a embalagem”, diz o presidente da companhia em entrevista. “Fomos procurados por distribuidores de produtos para delivery, mas é um varejo menor. Entendemos que o maior impacto é na indústria de alimentos”.

A Melhoramentos já estava comprometida desde 2020 com uma reformulação na abordagem de negócios – com a ascensão das pautas ecológicas, a empresa teve um lucro líquido de R$ 7,9 milhões, após passar anos em prejuízo. “Olhamos várias aplicações, de construção civil a produtos de cuidados pessoais, mas escolhemos embalagens neste momento”, diz o Rafael Gibini.

Daí percebemos a oportunidade da polpa moldada. Mas a da Melhoramentos tem tecnologia embarcada, que faz parte do design. Temos de entender a linha de produção do cliente e desenhar o que faz sentido, incluindo os aditivos”, encerra o executivo. Camanducaia já possui uma fábrica de fibras de celulose da companhia, com 150 milhões de metros quadrados – a nova construção tem data para iniciar a produção no primeiro trimestre do próximo ano.

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