Nesta semana, a atenção do Brasil se volta para a publicação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom). Este documento fornecerá insights sobre os próximos passos da política monetária, determinados pelo Banco Central, um aspecto que será minuciosamente avaliado pelos agentes de mercado.
Em sua mais recente reunião, o BC optou por reduzir a taxa Selic em 50 pontos-base e, além disso, adotou uma postura mais flexível para futuras decisões, ajustando sua comunicação ao remover o plural do “forward guidance”. Embora esse ajuste não elimine completamente a possibilidade de mais reduções de 50 pontos na taxa após maio, sugere uma expectativa moderada.
Na quinta-feira, teremos o Relatório de Inflação, o primeiro do ano, apresentando novas estimativas para a economia brasileira. Em seguida, ocorrerá uma entrevista com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen.
A reunião do Copom segue um processo que procura embasar da melhor forma possível a sua decisão. Os membros do Copom assistem a apresentações técnicas do corpo funcional do BC, que tratam da evolução e perspectivas das economias brasileira e mundial, das condições de liquidez e do comportamento dos mercados. Assim, o Comitê utiliza um amplo conjunto de informações para embasar sua decisão. Depois, a reunião é reservada para a discussão da decisão entre os membros. A decisão é tomada com base na avaliação do cenário macroeconômico e os principais riscos a ele associados.
Todos os membros do Copom presentes na reunião votam e seus votos são divulgados. As decisões do Copom são tomadas visando com que a inflação medida pelo IPCA situe-se em linha com a meta definida pelo CMN.