Mercado de trabalho de dados reduz as diferenças salariais entre gêneros

Mulheres pretas e pardas ainda têm remuneração menor que homens brancos, mas discrepâncias entre salários cai

A nova edição da pesquisa State of Date contou com respostas de 5.200 profissionais de dados no Brasil e desenha um perfil detalhado desses profissionais no Brasil. O segmento segue com grande atratividade, justificada especialmente pela remuneração, que continua em alta e acima da inflação, principalmente para profissionais com alto nível de senioridade.

O formato de trabalho também é um dos pontos mais valorizados pelos colaboradores da área de dados e 74,8% deles afirmam que buscariam outra oportunidade em regime remoto ou híbrido caso a empresa volte ao presencial. Mais de 46% dos profissionais trabalham no modelo 100% remoto, e a preferência por esse modelo vem aumentando ao longo dos anos. 

Embora 73% dos profissionais estejam satisfeitos com a empresa atual, a falta de oportunidade de crescimento no emprego atual é o maior motivo de insatisfação entre quem não está feliz. Já o principal critério levado em consideração pelos profissionais de dados na hora de escolher uma empresa é a remuneração (81,0% do total de menções em 2023 versus 75,2% em 2022).

Diferença salarial entre homens e mulheres ocupando cargos de liderança pode chegar a 32% no começo da carreira. De forma geral, mulheres brancas recebem cerca de 15,5% a menos do que homens brancos e mulheres pardas e pretas recebem em média 12,6% a menos do que homens pardos e pretos. 

A maior discrepância entre grupos é entre homens brancos e mulheres pardas e pretas, que chega a 24,6%. Porém, apesar dos números mostrarem que ainda há um longo caminho para a equidade no setor, é possível ver uma melhora significativa na comparação com a edição anterior do levantamento. 

Na pesquisa atual, em relação aos homens brancos, mulheres pardas e pretas recebem 8,9% a menos no nível júnior, 5,1% e 14,2% nos níveis pleno e sênior e 16,8% em cargos de gestão. Em 2022, a diferença entre homens brancos e mulheres pretas e pardas era  maior em todos os níveis: 10,2% para júnior, 12,5% e 12% nos níveis pleno e sênior e 23,1% no nível de gestão, representando um gap menor, especialmente entre os gestores.

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