A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a inflação oficial do Brasil, foi ajustada de 4,39% para 4,5% para este ano. Essa estimativa consta do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Banco Central (BC), que apresenta as expectativas das instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Para 2025, a projeção da inflação também foi elevada, passando de 3,96% para 3,99%. Para os anos de 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente. A estimativa para 2024 atinge o teto da meta de inflação estabelecida pelo BC, que é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Assim, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.
A partir de 2025, será implementado o sistema de meta contínua, o que significa que o Conselho Monetário Nacional (CMN) não precisará mais estabelecer uma meta de inflação anualmente. O centro da nova meta contínua foi fixado em 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Em setembro, a inflação no país foi de 0,44%, impulsionada principalmente pelos custos de energia elétrica nas residências, após o IPCA ter registrado uma deflação de 0,02% em agosto. De acordo com o IBGE, o IPCA acumula uma inflação de 4,42% nos últimos 12 meses.
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira em 2024 foi ajustada de 3,01% para 3,05%. No segundo trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma dos bens e serviços produzidos no país, surpreendeu ao registrar um aumento de 1,4% em relação ao primeiro trimestre. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o segundo trimestre de 2023, a alta foi de 3,3%.
Para 2025, a expectativa de crescimento do PIB é de 1,93%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro projeta uma expansão de 2% para ambos os anos. Em 2023, a economia brasileira também superou as expectativas, crescendo 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, conforme dados do IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento foi de 3%. A previsão para a cotação do dólar é de R$ 5,42 ao final deste ano, com uma expectativa de que a moeda norte-americana atinja R$ 5,40 ao fim de 2025.